Secretário da Saúde do Ceará defende exigência do passaporte vacinal: "maioria dos cearenses apoia"

Gadelha estava presente na reunião de secretariado de Camilo Santana, onde discutiu os desafios da transição da gestão da pasta, e as metas para o ano de 2022

O Secretário da Saúde do Estado do Ceará, Marcos Gadelha, defendeu a exigência do passaporte vacinal, durante a última reunião de secretariado do ano de 2021, do governo de Camilo Santana, que aconteceu nesta terça-feira, 21. O gestor da pasta afirmou que a maioria dos cidadãos cearenses apoia a medida adotada como obrigatória pelo governo estadual.

“O secretário de estado, assim como o governador, quando toma uma decisão, seja relacionado ao setor da saúde, ou qualquer outro setor, essa decisão é construída, junto com um comitê científico, junto com os autores que participam do sistema de saúde e contribuem para o sistema de saúde, e isso facilita a decisão. Foi feito inclusive uma pesquisa com o cidadão cearense se eles apoiavam a questão do passaporte vacinal e a maioria do cidadão cearense apoia”, disse o secretário durante o evento.

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Gadelha foi questionado a respeito dos movimentos de parlamentares que criticam a adoção obrigatória do passaporte, tanto na Assembleia, quanto na Câmara de Vereadores. O gestor defendeu a decisão por optar pela exigência do documento, e argumentou que a medida foi “baseada em evidências científicas”.

“Eu acho esperado (os questionamentos contrários de parlamentares). É esperado ter esses questionamentos, como outras ações, até a própria vacina houve questionamentos, então há questionamentos e sempre vai haver. O que a gente tem que saber é responder da forma adequada, baseada em evidências científicas, todas as nossas decisões, não é uma decisão individual de um secretário do estado”, explicou o secretário.

Camilo Santana havia anunciado, em novembro, a obrigatoriedade da apresentação do Passaporte de Vacina para ingresso em restaurantes, bares e eventos em todo o Ceará. Já em novo decreto, em 10 de dezembro, foi anunciada uma decisão do Comitê Estadual de Enfrentamento à Pandemia estendendo a obrigatoriedade também para acessar equipamentos públicos no âmbito estadual.

O secretário de saúde afirmou que “possivelmente” poderá haver a adoção da medida em outros setores, como supermercados, por exemplo. Contudo, o debate para firmar essa decisão ainda deverá ser pautado.
“As discussões sobre essa questão vão ser colocadas em mesa e cada um dos autores que participam desse processo vão fazer, vão defender a sua opinião em relação ao assunto e depois a gente julga o que for mais adequado”, argumentou.

Ainda durante o evento, Gadelha foi questionado sobre o início da vacinação em crianças no estado. O secretário afirmou que, de acordo com avaliação do Comitê, esse "caminho" deve ser "trilhado". No entanto, ele alertou que é preciso mais articulações com o Ministério da Saúde para poder por em prática a imunização infantil.

“A gente está se planejando para que isso aconteça, porque o nosso comitê científico acredita que, pelas evidências, a gente tem que trilhar este caminho. Mas não é interessante a gente desenvolver uma ação pública de saúde desarticulada com o Ministério da Saúde. A gente precisa entrar nesse consenso, e isso eu acho que é diálogo, é ouvir, debater, convencer e eu acho que a gente vai conseguir resolver esse problema”, pontuou.

Desafios e metas na saúde

Marcos Gadelha também discutiu os desafios na transição da gestão da pasta, em que substituiu Dr. Cabeto à frente da Secretaria de Saúde, em agosto deste ano. De acordo com o gestor, foi um processo de muitos "questionamentos", mas, mesmo assim, está avaliando como positivo seu período enquanto secretário.

"A gente tem conseguido um amadurecimento muito grande da Secretaria de Saúde e fazendo a saúde ser mais acessível, de ouvir mais, de ser mais questionada. Hoje nós temos canais de comunicação que facilitam. [...] Toda essa interação com cidadão e com os atores que fazem o sistema de saúde, e isso inclui não só do setor saúde, mas de uma forma intersetorial, a gente faz questão de ter esse trabalho dialogando, tendo a humildade e ouvir, e saber que os questionamentos, eles virão, mas a gente tem que construir a política pública", frisou.

No que diz respeito às metas para 2022, o secretário mencionou a entrega do Hospital Universitário da Universidade Estadual do Ceará (Uece) e ressaltou que o complexo hospitalar vai proporcionar a formação de profissionais de saúde, além de desenvolver pesquisas na área.

"É uma entrega importante, um hospital importante, de mais de 654 leitos, 184 leitos de UTI. Um hospital de alta complexidade, que além do acesso à saúde de alta tecnologia, como serviço de hemodinâmica para tratar doenças cardiovasculares, como ressonância magnética e todas as diversas especialidades de alta complexidade que o cidadão precisa ter acesso", finalizou.

*Com informações do repórter Filipe Pereira

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