"Tem apreço pela democracia", diz Alckmin sobre Lula
De saída do PSDB, o ex-governador de São Paulo é cotado para compor chapa com o petistaO ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSDB) declarou que o ex-presidente Lula (PT) tem uma característica que ele considera fundamental na política: o apreço pela democracia. De acordo com informações da revista Veja, a resposta foi dada pelo político após ser questionado sobre a possibilidade de integrar a chapa do petista como vice-presidente nas eleições de 2022.
“A política tem de ser feita com civilidade, temos de resgatar a boa política, precisa ser feita com quem tem apreço pela democracia”, disse. Na sequência, ao ser perguntado se Lula preenche essa característica, respondeu: “Mas é claro que tem”.
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AssineAlckmin não descartou nem confirmou a aliança com Lula, dizendo apenas que a ideia será amadurecida, segundo informações da revista.
Um dos mais tradicionais nomes tucanos, Geraldo está de saída do PSDB, mas seu destino ainda não foi definido. Até o agora, o PSB desponta como favorito entre as possibilidades de nova sigla.
Alckmin governou São Paulo por quatro mandatos e já foi candidato à Presidência da República duas vezes. A última delas foi em 2018, quando alcançou o quarto lugar. A primeira, em 2006, quando chegou ao segundo turno contra Lula e foi derrotado pelo petista nas urnas.
Segundo o veículo, a articulação para formar chapa é feita principalmente por Fernando Haddad (PT), ex-prefeito de São Paulo, Gabriel Chalita, ex-deputado, e pelo ex-governador de São Paulo Márcio França (PSB).
A saída de Alckmin para a disputa nacional ainda facilitaria os planos de França e Haddad, que podem disputar o governo de São Paulo inclusive, na mesma chapa.
As informações foram repassadas pelo próprio França à Veja. As conversas, de acordo com o ex-governador, foram intensificadas após a fusão entre DEM e PSL, para a formação do União Brasil. A partir dessa ideia, PT e PSB também tentam juntar candidatos que reúnem votos de eleitores mais identificados com o centro.
“Ele (Lula) precisa buscar um eleitor que não é dele, que não votou nele”, disse França.