Pacheco critica ataques de Bolsonaro ao STF e defende boa relação entre os poderes

Presidente do Senado disse que pretende atuar para pacificar a atual tensão entre Executivo e membros do Judiciário e que nenhum cidadão tem o direito de agredir as instituições

O presidente do Senado e do Congresso, senador Rodrigo Pacheco (DEM-MG), criticou os ataques feitos pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) aos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), entre eles, Luís Roberto Barroso e Alexandre de Moraes. O parlamentar defendeu a retomada do diálogo entre os poderes em entrevista à Globonews nesta sexta-feira, 6.

Pacheco disse que pretende atuar para pacificar a atual tensão entre Executivo e membros do Judiciário. Na última quinta-feira, 5, o presidente do Supremo, ministro Luiz Fux, cancelou reunião entre os chefes do Executivo, Legislativo e Judiciário agendada desde julho.

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Decisão foi tomada após falas de Bolsonaro atacando diretamente os ministros Barroso, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), e Moraes, relator do inquérito das fake news no qual Bolsonaro passou ao status de investigado.

À Globonews, Pacheco disse compreender a decisão de Fux pela suspensão da reunião. "Ele (Fux) acaba sendo porta-voz do sentimento do colegiado da mais alta corte do judiciário, de modo que esse pronunciamento deve ser considerado como indicativo que as coisas não estão bem”, afirmou, projetando que a decisão não será o tom da relação Judiciário/Executivo.

“Evidentemente o ministro Luiz Fux concordará que, em algum momento, todos precisam sentar à mesa para poder apaziguar os ânimos, identificar quais são os erros, os caminhos dessa relação dos poderes e é nisso que o Senado se propõe a fazer", defendeu.

Sobre os ataques de Bolsonaro, o senador afirmou que nenhum cidadão, seja quem for, tem o direito de agredir as instituições e seus representantes. "Pode questionar, pode criticar, pode apontar equívocos, mas agressões e ironias, isso não cabe com uma relação que pretende ser institucional, republicana e respeitosa", encerrou

Pacheco se elegeu presidente do Senado em fevereiro deste ano e contou com o apoio do presidente Bolsonaro. Entretanto, desde a instalação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid no Senado, que investiga atuação do governo federal na pandemia, a relação vem se desgastando.

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