Bolsonaro convoca ato em São Paulo para dar "último recado" sobre voto impresso

Em conversa com apoiadores, o presidente voltou ainda a atacar o sistema eleitoral e falou diretamente ao presidente do TSE, ministro Roberto Barroso

Após tornar-se alvo de um inquérito no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que investiga sua conduta de ataques ao sistema eleitoral, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) convocou um ato em São Paulo para dar “último recado” sobre o voto impresso.

Em conversa com apoiadores na saída do Palácio do Alvorada nessa terça-feira, 3, o presidente disse estar disposto a participar de concentração na avenida Paulista e voltou a fazer críticas ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

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“Se o ministro Barroso continuar sendo insensível, como parece que está sendo insensível, quer um processo contra mim, se o povo assim desejar – porque eu devo lealdade ao povo brasileiro – uma concentração na Paulista para darmos o último recado para aqueles que ousam açoitar a democracia. Repito: o último recado, para que eles entendam o que está acontecendo e passem a ouvir o povo, e passem a entender que o Brasil tem 8,5 milhões de quilômetros quadrados, e não um pedacinho dentro do DF. Eu estarei lá”, declarou. “Se o povo estiver comigo, nós vamos fazer que a vontade popular seja cumprida”, acrescentou.


Bolsonaro já condicionou a realização das eleições presidenciais do ano que vem à implementação do voto impresso. Ele questiona a segurança das urnas eletrônicas e alega fraude em pleitos anteriores, inclusive nas eleições de 2018, em que saiu vitorioso.


Nessa retórica, o presidente alveja o presidente do TSE, ministro Luís Roberto Barroso. Declaradamente contra o voto impresso, Barroso é vítima de constantes ataques de Bolsonaro. Aos seus apoiadores, ele foi enfático ao destacar que sua briga não é contra o TSE, nem contra o Supremo, e, sim, contra Barroso.


“O ministro Barroso presta um desserviço à nação brasileira, cooptando agora gente de dentro do Supremo, ou dentro do TSE, como se fosse uma briga minha contra o TSE ou contra o Supremo. Não é briga contra o TSE, nem contra o Supremo, é contra o ministro do Supremo, que é também presidente do Tribunal Superior Eleitoral, querendo impor a sua vontade”, afirmou.


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