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Com saída de Weintraub, saiba quem é Paulo Vogel, ministro interino da Educação

Antonio Paulo Vogel de Medeiros era secretário executivo do Ministério da Educação durante a gestão de Abraham Weintraub
17:55 | Jun. 20, 2020
Autor Alan Magno
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Alan Magno Estagiário de jornalismo
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Tipo Notícia

O ex-secretário executivo do Ministério da Educação (Mec), Antonio Paulo Vogel de Medeiros, deve assumir o comanda da pasta interinamente, por no máximo três meses. Medida ocorre após saída de Abraham Weintraub, último ministro da Educação do governo Bolsonaro, ocorrida no dia 18 de junho.

Considerado como o número dois na hierarquia de comando da pasta desde o início da gestão de Weintraub em 2019, Vogel era parceiro de Abraham desde antes da presidência de Bolsonaro. Eles atuaram juntos como secretários executivos da Casa Civil durante a transição para a gestão de Jair Bolsonaro. Ele era cotado como o quinto nome provável para assumir a pasta no começo do mandato do presidente.

Paulo Vogel é graduado em Economia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e em Direito na Universidade de Brasília (UnB). Também possui pós-graduação em administração financeira pela pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) e atua como auditor de finanças e controle desde 1998. Ele chegou a atuar na secretaria de finanças de São Paulo, na gestão de Fernando Haddad, ex-adversário de Bolsonaro na corrida presidencial de 2018.

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No portal do MEC, Vogel é definido como um profissional dedicado e conciliador com experiência em administração e gestão pública, fruto de 20 anos de atuação na área. O portal, porém, ainda não o apresenta como ministro interino da pasta. Segundo o veículo de comunicação Folha, Vogel não teria descartado assumir a pasta definitivamente, caso seja escolhido por Bolsonaro.

A indicação, porém, estaria enfrentando resistência da base aliada e extremista do governo, em especial os seguidores de Olavo de Carvalho e a ala militar. Segundo a Folha, o histórico de atuação ao lado de Haddad estaria sendo usado para descredibilizar Vogel. Tal disputa interna, ainda conta com a preferência de nomes com linhas de atuação mais rigorosas e conservadoras, como o secretário de alfabetização, Carlos Nadalim.

Defendido por Olavistas, Nadalim conta com rejeição dos aliados militares de Bolsonaro, tendo em vista sua suposta ligação com o site “Brasil Sem Medo”, responsável por propagar ideias de Olavo e ataques ao Supremo Tribunal Federal (STF). A ligação seria o principal motivo para o embate, tendo em vista que Bolsonaro tenta amenizar o clima de inquietação gerado pela investigação do STF contra o ex-titular do MEC, Weintraub.

Diante da crise política com o STF, o presidente da República, deve utilizar os três meses de mandato interino de Vogel, como tempo oportuno para sondar nomes para nomear o novo titular da pasta, bem como avaliar a repercussão de sua possível nomeação. A Folha pontuou ainda que a base aliada de Bolsonaro teria sugerido ainda o nome do ex-militar e figura religiosa Eduardo Melo, cotado para a pasta à época da demissão do Ricardo Vélez Rodríguez. Envolto em polêmicas durante a gestão Vélez, Eduardo Melo chegou a ser afastado do cargo de secretário.

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