Tratamento de brasileira em estado vegetativo nos EUA ultrapassa R$ 270 mil

Tratamento de brasileira em estado vegetativo nos EUA ultrapassa R$ 270 mil

Fabíola da Costa, de 32 anos, sofreu um mal súbito em 2024, além de três paradas cardiorrespiratórias. Família que voltar ao Brasil
Autor Bianca Nogueira
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A brasileira Fabíola da Costa, de 32 anos, vive um drama nos Estados Unidos desde que sofreu um mal súbito em 2024, seguido por três paradas cardiorrespiratórias.

Ela entrou em estado vegetativo e, mesmo com plano de saúde, a cobertura é limitada a medicamentos, vitaminas e alguns equipamentos de apoio, como os usados para alimentação, traqueostomia e respiração.

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Desde então, o marido, Ubiratan Rodrigues da Nova, tem arcado sozinho com os cuidados diários da esposa, que atualmente está em casa, em Orlando.

Ele estima que, em 10 meses, já gastou cerca de US$ 50 mil — o equivalente a aproximadamente R$ 278.700 — com o tratamento.

Segundo Ubiratan, os custos vão muito além do que o plano cobre. Itens essenciais como fraldas, luvas, lenços e curativos são conseguidos por meio de doações.

“É muita demanda para uma pessoa só. Preciso virá-la a cada duas horas para evitar feridas nas costas e trocar a fralda. Ela usa uma bolsa de colostomia, que precisa ser trocada e esvaziada. Dou banho, alimento, administro os remédios nos horários certos e a levo para passear na cadeira de rodas”, relata.

Para se dedicar integralmente aos cuidados de Fabíola e ainda acompanhar os filhos, Ubiratan deixou o emprego como caminhoneiro. Ele mesmo passou a realizar os exercícios físicos e de fonoaudiologia da esposa, com orientação de dois amigos fisioterapeutas e da cunhada.

“Faço exercícios de extensão e flexão dos membros inferiores e superiores. Uma fisioterapeuta também me disse que não precisamos focar na exatidão dos movimentos, mas que ela precisa se movimentar. Além disso, há a fisioterapia respiratória para prevenir pneumonias e fortalecer os pulmões”, explica.

O custo médio de uma sessão de fisioterapia nos EUA varia entre US$ 150 e US$ 200 por hora.

Fabíola deveria realizar duas sessões por dia, o que representaria cerca de R$ 2.200 diários. Já uma sessão com fonoaudiólogo pode custar de US$ 100 a US$ 300.

No entanto, por estar em estado vegetativo, o plano de saúde não cobre esses tratamentos, o que torna impossível manter os serviços de forma contínua, de acordo com Ubiratan.

Diante da situação, a família mantém a esperança de trazer Fabíola de volta ao Brasil, mais especificamente para Juiz de Fora (MG), onde esperam que ela possa ter um acompanhamento mais adequado e estar próxima de familiares e amigos.

O custo de uma UTI aérea para esse traslado, no entanto, ultrapassa R$ 1 milhão. “Queremos voltar ao Brasil principalmente para que ela tenha um tratamento mais adequado, cercada de pessoas que a amam”, desabafa Ubiratan.

O que a levou ao estado vegetativo? 

Fabíola sofreu o mal súbito em casa, em Orlando, no dia 20 de setembro de 2024. Ela foi socorrida pelo enteado, de 16 anos, e levada ao hospital, onde enfrentou três paradas cardíacas.

Conforme o marido, houve ainda uma perfuração no pulmão, causada por manobras de ressuscitação e por negligência médica. A falta de oxigênio no cérebro resultou em sequelas graves, deixando Fabíola em estado vegetativo.

Ela passou sete meses internada, mas até hoje os médicos não conseguiram identificar a causa do mal súbito. Em abril, recebeu alta hospitalar e passou a continuar o tratamento em casa.

Antes do ocorrido, Fabíola trabalhava como manicure e sonhava em construir uma vida tranquila nos Estados Unidos ao lado da família.

 

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