Após 14 anos, EUA fuzilam condenado à morte pela primeira vez; executado matou pais da ex
Última execução por pelotão de fuzilamento nos EUA foi a de Ronnie Gardner, que optou pelo método em junho de 2010
Condenado à pena de morte nos Estados Unidos (EUA), Brad Sigmon, 67, foi executado por pelotão de fuzilamento pela primeira vez em 14 anos nessa sexta-feira, 7, no estado da Carolina do Sul.
Desde a reintrodução do método no país em 1976, essa é quarta vez que um condenado à pena de morte é executado dessa forma. A última ocasião em que foi empregado ocorreu em junho de 2010, no caso de Ronnie Gardner.
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Conforme a Associated Press, Brad Sigmon foi declarado morto às 18h08 do horário local (20h08 em Brasília). Seguindo o procedimento, o condenado foi amarrado a uma cadeira com um alvo em seu coração. Um capuz cobriu seu rosto e três voluntários do pelotão de fuzilamento, armado com rifles, realizaram os disparos.
Segundo o G1, testemunhas da execução contaram que Brad parecia calmo ao acenar para seu advogado. Ele pronunciou suas últimas palavras antes de o capuz ser colocado em sua cabeça.
O fuzilamento ocorreu cerca de dois minutos após um momento de silêncio na câmara onde foi realizado o procedimento. Ele estava vestido totalmente de preto e suspirou algumas vezes antes de ser atingido pelos disparos. Testemunhas relataram, ainda, um buraco na altura do peito esquerdo após os tiros.
Brad escolheu o fuzilamento ao invés de outros dois métodos aprovados na Carolina do Sul: injeção letal ou cadeira elétrica. Ele não teria optado pela cadeira porque o “cozinharia vivo” e nem pela injeção, por medo de ela estimular o envio de fluidos para seus pulmões e, assim, afogá-lo.
Antes da execução
A última refeição de Brad Sigmon foi frango frito, purê de batata com molho, feijões verdes e cheesecake de sobremesa. A refeição especial teria sido consumida na noite da quarta-feira, 6, relatou Gerald “Bo” King à CNN.
Nos trâmites do processo, a defesa de Brad apresentou na quinta-feira, 7, um pedido à Suprema Corte dos EUA para suspender a execução. Um pedido de clemência também foi enviado ao governador. Ambas as medidas foram negativas para o condenado.
Quanto ao recurso para o tribunal superior, os advogados alegaram que foram negadas informações sobre as drogas para a injeção letal e que isso violaria o devido processo legal. Ainda segundo a CNN, o departamento estadual de correções afirmou que enviaram uma cópia dos protocolos de injeção sob sigilo.
Crime de Brad Sigmon
Condenado por duplo homicídio, Brad Sigmon assassinou os pais de sua ex-namorada em 2001. Ele assumiu ter cometido o crime com um taco de beisebol após sua ex-companheira ter se recusado a reatar o relacionamento.
À época, ele estaria bravo também porque os pais da ex-namorada teriam o expulsado de um trailer deles, onde o criminoso morava de favor.
As vítimas estariam em quartos separados no momento do crime e foram perseguidas por Brad, que os atacou até a morte. Após os assassinatos, ele sequestrou sua ex-companheira, mas ela conseguiu fugir do carro do criminoso.
Após escapar, ele tentou atingi-la com disparos de arma de fogo, mas não foi atingida, conforme os promotores que acompanharam o caso.
Pouco usado nos EUA, cinco estados - Idaho, Mississippi, Oklahoma, Carolina do Sul e Utah - permitem a execução de por pelotão de fuzilamento, de acordo com o Centro de Informações sobre a Pena de Morte (DPI), uma organização sem fins lucrativos.