Japão terá aplicativos de corrida pela primeira vez

Plataformas como Uber e similares funcionavam no país apenas para pedir táxis; aplicativos de corrida terão diversas restrições para funcionar no Japão

O Japão iniciou, nesta semana, a operação de aplicativos de corrida. A "novidade" chega quase uma década após estas plataforma se tornarem populares em todo o mundo.

Desde a segunda-feira, 8, é possível fazer pedidos de carros particulares em serviços como Uber e similares. Os aplicativos, no entanto, seguem tendo uma série de restrições no país.

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O funcionamento das plataformas poderá ocorrer somente em horários específicos, quando a frota de táxis tradicionais for inferior à demanda. Os aplicativos também foram liberados apenas para pequenas áreas em algumas das principais cidades do país: Tóquio, Iocoama, Nagoya e Quioto.

Os horários específicos variam de acordo com a cidade, mas as permissões devem concentrar-se em horários de pico, pelas manhãs em dias de semana e à noite nas sextas-feiras e sábados. Os preços também serão controlados, não podendo ser inferiores a 80% do que custaria uma corrida de táxi no mesmo trajeto.

Os motoristas dos aplicativos também terão limitações: para poderem operar nas plataformas, é preciso que eles sejam empregados por uma empresa de táxis. Para isso, é necessário ter as mesmas certificações que os condutores atuais destas companhias.

Japão limita aplicativos de corrida para proteger empresas de táxi

As medidas foram adotadas pelo governo japonês para evitar a falência das empresas de táxi. Em outros países onde plataformas como Uber e 99 operam, as corridas de táxi costumam ter preços muito acima dos cobrados pelos aplicativos. A popularização destas plataformas costuma trazer dois debates: segurança e monopólios.

Um argumento contra os aplicativos é que a pouca regulamentação, quando comparada aos táxis tradicionais, torna este tipo de corrida perigoso para os usuários. Por outro lado, existe a crítica aos preços cobrados por trajetos de táxi, que são influenciados por fatores como a pouca concorrência, em locais onde o mercado é dominado por grandes empresas, e taxas cobradas pelo poder público para regulamentar e autorizar o serviço.

No caso do Japão, a estratégia adotada foi considerar os aplicativos de corrida como uma modalidade complementar ao táxi tradicional. Com isso, as próprias empresas que determinarão quando suas frotas não forem o suficiente para atender à demanda de usuários e autorizarão os motoristas das plataformas a oferecer seus serviços.

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