Pela 1ª vez, Alemanha elege duas mulheres transexuais ao Parlamento

Tessa Ganserer, 44, e Nyke Slawik, 27, candidatas pelo Partido Verde, vão compor a bancada da legenda que ficou em terceiro lugar na eleição

A eleição para o Bundestag (parlamento) da Alemanha ocorrida no último domingo, 26, foi histórica para o país. Pela primeira vez na história, os eleitores escolheram duas mulheres transexuais para cargos na casa legislativa. Tessa Ganserer, 44, e Nyke Slawik, 27, candidatas pelo Partido Verde, vão compor a bancada da legenda que ficou em terceiro lugar na eleição.

Os verdes conseguiram mais de 100 cadeiras (14,8%) no parlamento, aumentando seu desempenho de 8,9% na última eleição (2017) e, com isso, ganhando peso definidor na construção de uma nova coalizão de governo. Ganserer já ocupa um cargo no Bundestag desde 2013, mas só havia assumido sua identidade de gênero publicamente em 2018.

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“Vitória histórica para o partido Verde e também para o movimento de emancipação de pessoas trans, assim como para toda a comunidade queer”, disse à Reuters. Nas redes sociais, Slawik publicou uma foto afirmando que ainda “não consegue acreditar” no resultado. Ambas têm projetos voltados aos direitos da população LGBTQI+ no país, como melhorias na facilidade de mudança de nome social em documentos e questões de adoção.

Pesquisas de boca de urna indicam empate nas eleições da Alemanha realizadas neste domingo, 26. Segundo os dados, os sociais-democratas, de Olaf Scholz, teriam obtido 26% dos votos, enquanto os democrata-cristãos, liderados por Armin Laschet e apoiados por Angela Merkelm teria obtido 24%. Segundo a rede ZDF, os Verdes (de Annalena Baerbock) ficaram com 14,3%, na frente da FDP (11,5%), AfD (10,5%) e a Die Linke (A Esquerda), com 5%.

Os dados indicam que, embora tenha sido o favorito nas urnas, o partido de Scholz teve apenas uma ligeira vantagem sobre o adversário. A pesquisa do canal ARD mostra um empate, com os dois grupos recebendo 25% dos votos. 

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