Alemanha: boca de urna indica empate entre partido de Merkel e social-democratas

A pesquisa do canal ARD mostra empate, com os dois grupos recebendo 25% dos votos. Os votos feitos pelo correio não foram contabilizados e ainda podem alterar o resultado final

Pesquisas de boca de urna indicam empate nas eleições da Alemanha realizadas neste domingo, 26. Segundo os dados, o sociais-democratas,  de Olaf Scholz, teria obtido 26% dos votos, enquanto os democrata-cristãos, liderados por Armin Laschet e apoiados por Angela Merkelm teria obtido 24%. Segundo a rede ZDF, os Verdes (de Annalena Baerbock) ficaram com 14,3%, na frente da FDP (11,5%), AfD (10,5%) e a Die Linke (A Esquerda), com 5%.

Os dados indicam que, embora tenha sido o favorito nas urnas, o partido de Scholz teve apenas uma ligeira vantagem sobre o adversário. A pesquisa do canal ARD mostra um empate, com os dois grupos recebendo 25% dos votos. Os votos feitos pelo correio não foram contabilizados e ainda podem alterar o resultado final. 

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Por ser uma democracia parlamentar em que o chanceler é escolhido pelos deputados, e não diretamente pela população, a sucessão agora depende de como serão os arranjos no Parlamento para se formar uma nova maioria. No pleito, a divisão observada entre os assentos conquistados em Bundestag indica que a composição do próximo governo pode jogar o país em um período de negociação e busca por alianças estáveis para a escolha do substituto de Merkel.

Segundo Fabio Gentile, cientista político italiano com PhD pela Universidade L'Orientale de Nápoles, o resultado reflete o conflito entre continuidade e mudança na Alemanha. A polarização e a pior performance histórica dos conservadores ainda deve-se ao temor da população alemã de perder a liderança de Merkel, marcada por um longo período de estabilidade durante o governo da ex-chanceler

“A política foi marcada pela figura dela [Merkel]. Em época marcada pela personalização, se você a troca por um cara diferente, mesmo sendo conservador que garanta as mesmas propostas, muitos não confiam”, afirma o cientista. Por outro lado, ao mesmo tempo, ainda não há tanta credibilidade de que o CDU vá garantir uma estabilidade política necessária para adquirir uma boa governabilidade, o que impõe ao partido o desafio de cogitar novas alianças nos próximos dias.

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