Biden afirma que invasão ao Congresso foi um dos "dias mais sombrios" dos EUA
Confirmado nesta quinta-feira, 7, como novo presidente dos EUA, Joe Biden antecipou os novos integrantes do Departamento de Justiça do seu governoDurante o primeiro pronunciamento na TV após ser confirmado presidente dos EUA, Joe Biden afirmou que a invasão de quarta-feira, 7, por apoiadores de Donald Trump ao Congresso americano caracterizou um dos “dias mais sombrios” dos EUA. O presidente eleito também classificou os participantes da invasão em Washington de "terroristas domésticos", responsabilizando o republicano e adversário nas eleições pelo ato.
A invasão realizada pelos apoiadores de Trump acabou com a prisão de mais de 50 pessoas, que terminou com quatro pessoas mortas, entre elas, uma veterana das Força Armadas. Após a confusão e reconhecimento da vitória de Biden, Trump declarou que fará uma transição de poder ordenada.
O candidato democrata deve tomar posse no dia 20 de janeiro. O momento da tarde desta quinta foi dedicado ao anúncio dos novos integrantes do Departamento de Justiça. O Biden ressaltou a importância de uma Justiça independente e criticou o modo como Trump agiu com os funcionários.
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O presidente confirmou a nomeação do juiz Merrick Garland para o cargo de procurador-geral. Se confirmado pelo Senado, o magistrado deixará a Corte de Apelações de Washington D.C para liderar o Departamento de Justiça (DoJ). Biden também escolheu Lisa Monaco para atuar como vice-procura-geral e Kristen Clarke como assistente para assuntos de direitos civis. Já Vanita Gupta será procuradora-geral associada.
“O departamento de justiça foi tratado na era Trump como se fosse advogado pessoal do presidente. Vocês não vão trabalhar para mim. A sua lealdade é a lei, a constituição e ao povo. Hoje precisamos nos comprometer ao estado de direito”, ressaltou Biden.
O democrata declarou que os atos desta quarta foram "um ataque ao Departamento de Justiça”. “[Trump] Tratou o procurador-geral como seu advogado pessoal.. Tentou usar uma turba para silenciar 160 milhões de pessoas. Temos três braços do poder e o presidente não está acima da lei. A Justiça não protege os poderosos. O que vimos ontem foi uma violação à nossa nação", completou Biden.