CARTUM, 16 Abr 2012 (AFP) - O parlamento sudanês adotou nesta segunda-feira por unanimidad uma resolução que declara "inimigo" o governo do Sudão do Sul, depois da tomada de controle, por parte das tropas sudanesas, da zona fronteiriça de Heglig, principal campo petroleiro do Sudão. "O governo do Sudão do Sul é um inimigo e todos os organismos de Estado devem tratá-lo segundo esse princípio", declarou o Parlamento na resolução. Por outro lado, a aviação sudanesa bombardeou na noite de domingo um acampamento de soldados da força de paz da ONU em um Estado fronteiriço com o Sudão do Sul, informaram nesta segunda-feira dirigentes do Sudão do Sul e fontes da ONU. O ataque, que não deixou vítimas, foi contra um acampamento da pequena cidade de Mayom, situada no Estado de Unidade, rico em petróleo e na fronteira na qual se enfrentam o Sudão e o Sudão do Sul desde o fim de março, de acordo com Gideon Gatpan, ministro de Informação do Estado. "Não há vítimas, ninguém foi ferido", afirmou Kouider Zerruk, porta-voz da missão de paz da ONU no Sudão do Sul (UNMISS). O acampamento, pelo contrário, sofreu danos, e outros bombardeios sobre Mayom deixaram sete mortos e 14 feridos, segundo Gatpan. "Os sudaneses realizaram outro bombardeio aqui ontem, bombardearam Mayom e Bentiu", capital do Estado de Unidade, acrescentou o ministro.