Quatro suspeitos de expulsar moradores no Grande Mondubim são presos
Homens seriam integrantes da facção criminosa Terceiro Comando Puro (TCP) e foram presos com uma pistola de uso restrito na madrugada desta segunda-feira
Quatro homens, suspeitos de integrar a facção criminosa Terceiro Comando Puro (TCP), foram presos na madrugada desta segunda-feira, 15, no bairro Mondubim, em Fortaleza. No carro no qual o grupo trafegava, policiais civis encontraram uma pistola de uso restrito. Eles negaram integrar a facção.
Conforme a Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS), a prisão é resultado de um trabalho contínuo de inteligência coordenado por equipes da 2ª Seccional e dos Núcleos Operacional e de Inteligência do Departamento de Polícia da Capital (DPC).
“Com base nas investigações, os policiais civis saíram em campo para localizar e prender os envolvidos em uma série de crimes registrados nos bairros Mondubim e Aracapé, ambos localizados na AIS (Área Integrada de Segurança) 09”, afirmou a SSPDS.
Auto de Prisão em Flagrante (APF) informa que uma denúncia realizada indicava que os ocupantes do automóvel estavam promovendo a expulsão de moradores de suas residências, bem como estavam fazendo pichações alusivas ao TCP.
Além disso, o grupo estaria ostentando armas de fogo e efetuando disparos em via pública. Ainda de acordo com o APF, os suspeitos tentaram fugir ao ser abordados pela Polícia, mas foram presos na rua Jatay.
Eles foram identificados como: Francisco Walisson dos Santos Souza, José Vanderson Pimentel de Almeida e Wêniclei Freitas e Silva. Um carregador de pistola, três celulares, munições e dinheiro também foram apreendidos.
O grupo foi autuado pelo crime de integrar organização criminosa e porte ilegal de arma de fogo. Os quatro homens tiveram a prisão preventiva decretada em audiência de custódia realizada nesta segunda-feira, 15.
“A ação coordenada de expulsão de moradores de suas residências, em atendimento a uma ordem do grupo criminoso Terceiro Comando Puro, revela uma tentativa deliberada de afirmação territorial e demonstração de poder paralelo, com potencial de intimidação da população e afronta direta à autoridade estatal”, afirmou na decisão o juiz Tadeu Trindade de Ávila.
“A conduta dos autuados, ao participarem ativamente dessa ação, ainda que neguem vínculo com a facção, insere-se em contexto de fortalecimento simbólico e operacional de organização criminosa, o que agrava sobremaneira o impacto social do fato”.