Protetores de animais recebem 7 toneladas de ração em ação do governo

Protetores de animais recebem 7 toneladas de ração em ação do governo

Já foram distribuídas 2 toneladas de ração em Quixadá, Granja e Sobral, 3 toneladas no município de Morada Nova. Próxima região será o Cariri
Atualizado às Autor Bárbara Mirele Tipo Notícia

Mais de 60 protetores de animais estiveram presentes no setor laranja do Estádio Presidente Vargas (PV), nesta quarta-feira, 10, para receber 7 toneladas de ração para cães e gatos. A ação, pioneira no País, faz parte do projeto “Ração do Bem”, da Secretaria de Proteção Animal do Ceará (Sepa), e visa garantir a segurança alimentar de felinos e cães em situação de vulnerabilidade.

Já foram distribuídas 2 toneladas de ração em Quixadá, Granja e Sobral, 3 toneladas no município de Morada Nova. Nesta quarta-feira, 10, a Capital recebeu a maior entrega até o momento. A região do Cariri será a próxima a receber o programa.

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O programa vai distribuir 180 toneladas de ração anualmente para animais do Ceará. Protetores independentes e ONGs podem receber as doações se estiverem devidamente cadastrados. Para mais informações é preciso acessar o site oficial do registro. Serão distribuídos 470 kg por para abrigos e 80 kg para protetores, de forma trimestral.

Veja os critérios para se cadastrar:

  • Comprovar resgate, acolhimento e cuidados aos animais;
  • Promover adoções responsáveis e ambientes adequados;
  • Atuar em campanhas de conscientização contra abandono;
  • Comprovar cuidado, ambiente limpo, adoções e responsabilidade;
  • Não se enquadrar como acumuladores.

“Animais merecem esse programa”, afirma secretário da Sepa

O secretário titular da Sepa, Erich Douglas, declarou que o programa foi criado a partir da necessidade dentro da esfera da luta animal.

“Sabendo de todas as dificuldades que um protetor independente e as ONGs Uma Organização Não Governamental (ONG) é uma entidade privada e sem fins lucrativos, criada por cidadãos com intuito de atuar em causas de interesse público. Funciona com doações, parcerias e recursos próprios.
têm em relação aos gastos com alimentação, além de medicamentos, fizemos este programa para diminuir os gastos com os animais que eles pegam”, afirma Erich.

Erich continua: “Os animais merecem esse programa, para que eles possam ter uma qualidade de vida ainda maior”, finaliza.

Além do programa de entrega de ração, há outros projetos do Estado que também distribuem coleiras antiparasitas, chips de rastreamento, remédios, etc.

O administrador do estádio, Bruno Alves, conta que as portas estarão sempre abertas para ações da causa animal: “Seja para fazer evento de castração, distribuição de coleira, o que for necessário”.

Protetores comemoram entrega de ração

Dona do abrigo Lar Brancoso, a cantora e protetora Cláudia Brancoso cuida de 30 cães e 4 gatos em uma casa no bairro Sabiaguaba.

“Minha história começou sendo voluntária no abrigo mais famoso de Fortaleza, o São Lázaro, há 22 anos. Tanto que meu nome artístico foi em homenagem ao primeiro cachorro adotado”, rememora.

Ela continua: “Quando ele faleceu, eu disse que ia levar o nome dele pro resto da vida. Ele me ensinou o caminho da proteção animal que eu não conhecia”.

“Tem pessoas que não têm a menor condição de manter [um abrigo]. Eles tiram do próprio sustento, (...) preferem tirar da ‘própria boca’ para não deixar o animal passar nenhuma necessidade. [A ação] é um gesto completamente necessário para mim, é o presentão de Natal”, conta a protetora com um sorriso no rosto.

Com um olhar meio tímido, o funcionário de um abrigo no Eusébio, Wellington Gadelha relata que cuida de mais de 250 cachorros.

“Começou com a filha da dona Régia. A filha acabou falecendo e o abrigo ficou nas mãos dela, é uma médica. Aí, fiquei cuidando dos cachorros. Todo dia nós fazemos mais de 20 kg de arroz, cuscuz e uma canjinha, fora a ração que colocamos ao redor de todo o abrigo. É muito cachorro”, conta ele.

“Gostei [da iniciativa] porque é bom pros animais, a gente precisa. Fora os de rua, já resgatei ‘um bocado’ da rua. Na minha casa tem 25 [cachorros] e 30 gatos. Eu e minha esposa cuidamos, ela também é protetora. Eu gosto dessa profissão, me sinto bem”, diz.

Protetora independente, Mardia Freitas, cuida de uma colônia comunitária com 38 gatos, no bairro Cidade dos Funcionários.

“Quando fomos trabalhar nesse espaço, muita gente alimentava, mas cada um colocava comida no seu horário. Então a gente começou a se reunir porque não adianta só alimentar, tem que castrar, esterilizar e somente a alimentação não resolve”, explicou.

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Ela conta que foi reunido um grupo, onde as pessoas são responsáveis pelo trabalho de castração, esterilização e posteriormente adoção dos bichanos.

Para Mardia, a entrega de ração é “excelente”, pois ajuda muito os protetores. “Ração é um dos maiores custos que tem, fora os gastos com veterinário e medicação”, declarou.

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