Praça do Ferreira: pessoas em situação de rua migraram para outros espaços, diz secretária

Praça do Ferreira: pessoas em situação de rua migraram para outros espaços, diz secretária

De acordo com a secretária executiva da SDHDS, Cynthia Studart, 89 pessoas ainda viviam em situação de rua na praça entre agosto e setembro deste ano

Passando por obra de requalificação desde julho deste ano, a Praça do Ferreira, no Centro de Fortaleza, já viu seus bancos, quiosques e árvores se tornarem abrigo para centenas de pessoas em situação de rua. Com o trabalho de sensibilização da Prefeitura, as 89 pessoas que viviam nessa situação entre agosto e setembro passados, foram encaminhadas e migraram para outros locais.

De acordo com a secretária executiva da SDHDS, Cynthia Studart, houve um trabalho "de avisar que eles não poderiam permanecer na praça e, ao mesmo tempo, dar os encaminhamentos e ofertas".

Entre os encaminhamentos realizados pela Prefeitura, 25 pessoas foram inseridas no programa do Aluguel Social e 12 pessoas foram para o acolhimento institucional, priorizando famílias com mulheres, crianças e idosos. As demais pessoas receberam encaminhamento para as Pousadas Sociais, localizadas nas avenidas Imperador e Dom Manuel, que oferecem o acolhimento noturno.

A titular da pasta destacou que, dentre as pessoas que informaram fazer uso de substâncias psicoativas, 12 foram encaminhadas e acolhidas nos Centros de Atenção Psicossocial (Caps) e duas aceitaram a internação voluntária para tratamento no Centro de Atenção Psicossocial Álcool e outras Drogas (Caps AD), localizado no bairro Cidade 2000.

Cynthia Studart reconhece que houve uma migração de parte desse público, especialmente de pessoas com dependência química, problemas na Justiça, dívidas e conflitos no território, para outras três outras praças da cidade, são elas: Praça Murilo Borges, conhecida como Praça do BNB; Praça Pajeú, conhecida como Praça CDL e Praça dos Leões.

De acordo com a secretária, equipes do Centro de Referência Especializado para População em Situação de Rua (Centro POP), do Consultório na Rua, e de abordagem social continuam realizando os serviços de acompanhamento.

"A gente também encaminhou para a rede de equipamentos de segurança alimentar e nutricional, então boa parte se alimenta no Centro de Convivência; outra no refeitório da Irmã Dulce e outra no Shalom, que são cozinhas solidárias que têm apoio da Prefeitura para a oferta dessa alimentação", detalha.

A titular da SDHDS ressalta que o Programa Integrado para a Superação da Situação de Rua, está sendo estruturado a partir de vários eixos, abordando a complexidade das situações das pessoas que vivem em condição de rua.

"A gente está agora com um edital de chamamento público para OSC (Organização da Sociedade Civil), que a gente vai abrir, redimensionar as pousadas sociais, que são duas. E, no lugar delas, nós vamos abrir seis albergues, inclusive, descentralizando", afirmou.

Para o próximo ano, está prevista a abertura de um novo Centro Pop na Cidade. O programa prevê ainda a reinauguração do Restaurante Popular, fechado há quatro anos. De acordo com Studart, o equipamento será reaberto em dezembro, no Centro, em parceria com o Sesc, e terá capacidade para atender 1.200 pessoas em situação de vulnerabilidade, diariamente, priorizando o atendimento às pessoas em situação de rua, que terão direito à gratuidade.

Sem informar data, a secretária destacou que também está previsto o lançamento de um edital, por meio da Secretaria Municipal da Cultura de Fortaleza (Secultfor), pela Política Nacional Aldir Blanc (PNAB), voltado aos artistas de rua e às entidades que trabalham com arte e cultura com a população em situação de rua.

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