Policial Civil aposentado foi ameaçado e teve casa tomada um dia antes de ser morto

Policial Civil aposentado foi ameaçado e teve casa tomada um dia antes de ser morto

Dez dias após a morte do policial aposentado João Lopes Cavalcante, não há registro de prisões relacionadas ao caso

O policial civil aposentado João Lopes Cavalcante, 70, morto a tiros no bairro Demócrito Rocha, em Fortaleza, teve uma das casas de sua propriedade tomada por integrantes de facções criminosas, que alugaram a residência para uma terceira pessoa.

O POVO apurou que, ao tentar reaver o imóvel, ele foi agredido e ameaçado por criminosos. No dia seguinte, 10 de outubro, João Lopes foi morto a tiros. O crime completou 10 dias sem registro de prisões. 

Conforme fonte ligada à Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS), a vítima era proprietária da casa e havia um contrato de aluguel com vigência até o dia 8 de outubro.

No dia seguinte ao vencimento do contrato, o aposentado foi até o local e verificou que havia uma nova pessoa residindo na casa e um novo contrato, no qual ele não teria conhecimento. 

De acordo com o relato da fonte, a pessoa que estava no imóvel mostrou o contrato com o nome do falso proprietário e o policial informou que a casa era dele.

Houve um desentendimento no local e João Lopes foi empurrado e ameaçado por criminosos. Houve o registro de um Boletim de Ocorrência (B.O) sobre o caso no 16º Distrito Policial, que é responsável pela região. 

O policial civil chegou a retirar os móveis de dentro da casa e trocou os cadeados. A vítima era proprietária de uma sucata e no dia seguinte trabalhou normalmente. No fim do dia, ao fechar o estabelecimento, foi surpreendido por um criminoso.

O homem afirmou saber que João Lopes era policial e disse que ele não reagisse. Em seguida, efetuou pelo menos seis disparos de arma de fogo. Um tiro atingiu a mão e outro o peito.

Outros disparos atingiram a parede e o pneu do carro dele. A vítima foi socorrida a uma unidade de saúde, mas não resistiu aos ferimentos. 

"Era uma pessoa querida, todo mundo gostava dele", descreve um amigo 

O POVO conversou com um amigo da família, que relatou um clima de tristeza e de desespero em relação ao caso. 

"Teve uma discussão, disseram que ele ia morrer e no outro dia aconteceu. Ele era uma pessoa querida, todo mundo gostava dele, ajudava todo mundo, aconselhava, todos estão arrasados, os amigos aos prantos. Lopes trabalhou na Furtos e Roubos na década de 80. Ele deixa esposa e filho", relata uma fonte próxima da família. 

A Polícia Civil do Ceará informou que o caso é investigado pela 11ª Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). "As informações sobre a investigação não serão repassadas para não comprometer o trabalho policial", informou o órgão. 

 

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