Polícia Civil prende suspeito de matar mulher trans em Fortaleza

Pâmela Coelho havia sido encontrada morta na manhã de segunda-feira, 13, em uma calçada do bairro Demócrito Rocha. Homem preso tem 20 anos

20:42 | Out. 14, 2025

Por: Lucas Barbosa
Pâmela Coelho foi encontrada morta em uma calçada do bairro Demócrito Rocha. Ela apresentava sinais de violência (foto: Reprodução/Redes Sociais)

Um homem de 20 anos foi preso suspeito de participação na morte de Pâmela Coelho, a mulher trans de 37 anos que foi encontrada sem vida na manhã de segunda-feira, 13, no bairro Demócrito Rocha, em Fortaleza.

O suspeito, que não teve a identidade divulgada, foi localizado pelos policiais da 5ª Delegacia do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (5ª DHPP) nesta terça-feira, 14, em uma residência do bairro Jardim América.

Ele foi autuado, ainda em estado de flagrante, por homicídio qualificado. De acordo com a Polícia Civil do do Ceará (PC-CE), a ação ainda resultou na apreensão de celulares, cartões magnéticos, um veículo e peças de roupas.

A corporação não divulgou quais teriam sido as motivações do assassinato. “As investigações sobre as circunstâncias do homicídio, no entanto, seguem em andamento”, afirma comunicado de imprensa da PC-CE.

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Pâmela foi encontrada morta em uma calçada situada atrás de um motel. A vítima foi encontrada usando apenas roupas íntimas e apresentava sinais de violência, inclusive, em seu rosto.

Ao lado de Pâmela, havia um pedaço de madeira, mas ainda não se sabe qual foi a arma utilizada no homicídio, o que deve ser elucidado em exame necroscópico.

Ela era moradora de Maranguape, município da Região Metropolitana de Fortaleza. O Núcleo da Diversidade Sexual de Maranguape divulgou nota de pesar e repúdio pela morte de Pâmela.

Na nota, a entidade cobrou justiça pelo homicídio, assim como manifestou solidariedade à família e amigos de Pâmela e desejou que a memória dela "inspire resistência, amor e transformação social".

"Trata-se de um ato de extrema violência e covardia, que representa não apenas a perda irreparável de uma vida, mas também o reflexo da intolerância, do preconceito e da transfobia ainda presentes em nossa sociedade", afirma a nota.

"Um crime dessa natureza é inaceitável e jamais será tolerado por todos aqueles que defendem a dignidade humana, a igualdade e o direito de existir sem medo. Pamela era uma mulher trans que, como qualquer outra pessoa, tinha o direito de viver com respeito, amor e segurança. Sua trajetória interrompida de forma tão cruel reforça a urgência de continuarmos lutando contra todas as formas de ódio e discriminação".