Pesquisa da UFC busca voluntários com dor lombar crônica para estudo

Pesquisa da UFC busca voluntários com dor lombar crônica para estudo

Pesquisa investiga como hábitos de vida como sono, estresse e sedentarismo influenciam na dor lombar persistente. Participantes recebem avaliação física e smartwatch gratuito por 90 dias

Você sente dor na parte inferior das costas há pelo menos três meses? Esse incômodo, comum para boa parte da população, pode agora contribuir para o avanço da Ciência.

A Universidade Federal do Ceará (UFC), por meio do Insight Lab e de seu Departamento de Fisioterapia, recruta voluntários para uma pesquisa que investiga como fatores do estilo de vida, como sono, atividade física, estresse e sedentarismo influenciam a intensidade da dor lombar crônica.

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O estudo é conduzido por um grupo interdisciplinar de pesquisadores das áreas de saúde e computação, sob coordenação geral do Prof. Dr. José Macêdo (Insight Lab/UFC), com liderança da Prof.ª Dr.ª Fabianna Resende de Jesus Moraleida (Fisioterapia/UFC) e da Prof.ª Dr.ª Lívia Almada (Computação/UFC).

A dor que mais afasta pessoas do trabalho

A chamada dor lombar crônica localizada entre a parte inferior das costelas e a região das nádegas é uma das queixas mais frequentes em consultórios médicos e figura entre os principais motivos de afastamento laboral.

Segundo a professora Fabianna Moraleida, o projeto busca entender por que, em algumas pessoas, essa dor não melhora com o tempo.

“A dor lombar é muito comum, mas quando ela se torna persistente, passando de três meses e atrapalhando a vida da pessoa, vira um problema sério de saúde pública. Já sabemos que fatores do estilo de vida podem influenciar no agravamento ou na melhora da dor, e é isso que estamos investigando de forma mais precisa”, explica a pesquisadora.

Como funciona a participação?

A pesquisa busca voluntários com 21 anos ou mais, que residam em Fortaleza ou região metropolitana, e que apresentem dor lombar contínua há pelo menos três meses, sem diagnóstico de doenças como fibromialgia, artrite reumatoide ou outras condições específicas.

A participação envolve:

  • O uso de um relógio inteligente (smartwatch) por 90 dias
  • A interação diária com um aplicativo desenvolvido pelo Insight Lab, que coleta dados sobre sono, estresse, batimentos cardíacos, temperatura corporal e hábitos físicos
  • O relato diário da intensidade da dor, por meio do aplicativo.

“A pessoa não precisa mudar sua rotina. Queremos justamente entender como o estilo de vida real afeta a dor. O relógio registra informações automaticamente, e o participante só precisa informar como está sua dor a cada dia”, afirma Fabianna.

Após os 90 dias de uso do relógio, o participante retorna à UFC para uma nova avaliação. O acompanhamento continua remotamente, com respostas rápidas a questionários enviados por e-mail ou WhatsApp, aos 6, 9 e 12 meses.

Ciência e tecnologia juntas

Com os dados coletados, os pesquisadores pretendem criar modelos preditivos usando inteligência artificial, para identificar padrões de comportamento associados ao agravamento ou à melhora da dor. Esses modelos podem futuramente orientar estratégias personalizadas de prevenção e tratamento, além de subsidiar políticas públicas de saúde.

“Nosso objetivo é desenvolver ferramentas e soluções baseadas na realidade das pessoas. Sabemos que o estilo de vida é um fator modificável, por isso, queremos entender o que pode ser ajustado no dia a dia para melhorar a qualidade de vida de quem sente dor”, afirma a professora.

Como participar?

As inscrições estão abertas e serão encerradas ao atingirem 150 participantes. Interessados devem entrar em contato pelo WhatsApp (85) 99161-8386. Após o primeiro contato, a equipe fará uma triagem para confirmar se a pessoa se encaixa nos critérios da pesquisa.

Critérios para participação:

  • Ter 21 anos ou mais
  • Residir em Fortaleza ou região metropolitana
  • Sentir dor lombar há pelo menos três meses
  • Ter disponibilidade para ir ao campus do Porangabuçu (UFC)
  • Não estar grávida nem ter diagnósticos prévios de outras doenças que causem dor generalizada (como fibromialgia ou artrite)
  • Ter acesso à internet e disponibilidade para interagir com o aplicativo durante os 90 dias de monitoramento

“Queremos conhecer de perto a rotina de quem sente dor. Pode ser alguém que faz atividade física ou que é sedentário, alguém que dorme bem ou mal, que lida com estresse diário. São esses dados reais que vão nos ajudar a criar soluções práticas e eficazes”, conclui Fabianna.

Serviço:
Projeto de Pesquisa sobre Dor Lombar Crônica — UFC
Inscrições: WhatsApp (85) 99161-8386 (abertas até completar 150 participantes)
Local: Universidade Federal do Ceará — Campus do Porangabuçu

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