Aluna do IFCE é uma das vencedoras do Prêmio Jovem Cientista

Aluna do IFCE é uma das vencedoras do Prêmio Jovem Cientista

Os projetos vencedores apresentam soluções com aplicação prática na saúde pública, no meio ambiente, na luta contra o assédio sexual no ciberespaço, entre outros

Uma aluna do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará (IFCE) venceu a categoria Ensino Médio na 30° edição do prêmio Jovem Cientista. O tema deste ano é “Conectividade e Inclusão Digital”. A pesquisa da estudante trata sobre a democratização do conhecimento de internet das coisas para jovens em vulnerabilidade econômica.

A cerimônia de entrega aconteceu nesta quarta-feira, 12, no Sesi Lab - museu de arte, ciência e tecnologia, em Brasília. O prêmio conta com cinco categorias: Mestre e Doutor, Ensino Superior, Ensino Médio, Mérito Institucional e Mérito Científico, que celebra um pesquisador doutor que, em sua trajetória, tenha se destacado na área relacionada ao tema da edição.

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Estiveram presentes a ministra da Ciência e Tecnologia, Luciana Santos; o presidente do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), Ricardo Magnus Galvão; o vice-presidente de Relações Corporativas da Shell Brasil, Flavio Rodrigues; o secretário geral da Fundação Roberto Marinho, João Alegria; e o diretor superintendente do Serviço Social da Indústria (Sesi), Rafael Lucchesi.

Os projetos vencedores apresentam soluções com aplicação prática na saúde pública, no meio ambiente, na luta contra o assédio sexual no ciberespaço, entre outros. Os ganhadores receberam laptops, bolsas do CNPq e valores em dinheiro, que variam entre R$ 12 mil e R$ 40 mil.

Os três melhores trabalhos em cada uma das categorias recebem premiações, extensivas aos orientadores.

Trabalho vencedor fala sobre democratização do conhecimento de internet das coisas para jovens em vulnerabilidade econômica

Com o título "LIoT: Democratizando o conhecimento em Internet das Coisas", a aluna do IFCE Letícia dos Santos, visa aproximar jovens de periferias de conhecimentos essenciais sobre tecnologias emergentes.

Ao O POVO, Letícia relata que o projeto foi pensado quando a co-orientadora do Laboratório de Inovação Tecnológica (LIT), Luana Moura, tinha uma proposta de trazer uma placa educacional voltado para a robótica e internet das coisas para ajudar os alunos que participavam da Olimpíada Brasileira de Robótica (OBR).

“Depois que eu participei da OBR, tirei o segundo lugar com minha equipe no IFCE e a partir daí a professora e minha orientadora, Rejane Sá, me chamou para ser bolsista no laboratório também. O projeto foi se transformando quando eu cheguei, porque eu tive a ideia de criar livros didáticos que não sobre o processo de criação”, explica.

A jovem explica que o projeto foi pensado no formato de livro para se conectar ao conteúdo da placa da professora. “Eu como aluna do [curso] técnico de telecomunicações, tinha um pouco de dificuldade de aprender esses conteúdos. Então com a minha abordagem para esse conteúdo que é considerado um pouco complexo, eu entenderia melhor”, conta.

Letícia continua: “Meu objetivo era ajudar os alunos e facilitar a compreensão desses assuntos. Minha ideia foi criar historinhas e que os componentes eletrônicos da placa dela virassem personagens na história. Então, dentro da história com personagens, eu contava também ao mesmo tempo como funcionava cada coisa”, detalha.

Para a estudante, a importância da temática abordada foi democratizar o ensino sobre tecnologia e internet das coisas a públicos que não tinham acesso ou “ficavam excluídos da área”.

“Nosso desejo é continuar trabalhando o projeto e desenvolver mais livros, talvez ampliar mesmo, pros estudantes das escolas públicas. Lá [é o lugar] que tem o nosso público alvo, que não tem acesso a educação tecnológica que realmente precisa desse apoio para conseguir ter o interesse nesta área”, acrescenta.

Em tom de orgulho, a jovem comenta sobre a felicidade do potencial do projeto: “Eu espero servir de exemplo a outros jovens e crianças e que eles se inspirem de certa forma, e vejam que é realmente possível alcançar sonhos”, finaliza.

A orientadora do projeto, Rejane Sá, explica que a temática é importante pois ainda existem lugares no Ceará e no Brasil que não possuem acesso à tecnologia e internet. "É importante para impulsionar o Brasil para um país com mais ciência, desenvolvimento e inovação.

Entre as ferramentas utilizadas no projeto, destaca-se o ESP32, um microcontrolador essencial para automação, robótica e IoT (Internet of Things). O dispositivo, que é uma placa, foi utilizado para criar missões práticas que simulam circuitos elétricos e eletrônicos, facilitando o aprendizado de forma dinâmica e acessível.

Além disso, o site “IoT Educacional: Desvendando Missões” foi criado pela aluna e equipe, com intuito de permitir que estudantes entre 10 e 19 anos, moradores da Granja Lisboa — considerado um dos bairros mais populosos de Fortaleza, pudessem ter um aprendizado de forma prática e interativa.

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