Primeiro fim de semana de férias escolares movimenta os parques da cidade

Em meio à onda de calor, muitos fortalezenses procuraram as atividades ao ar livre para curtir o comecinho das férias escolares

Passado o “aperreio” das provas finais, dos vestibulares, Enem e qualquer outra obrigação relacionada à vida estudantil, o finalzinho de novembro trouxe a muitos estudantes de Fortaleza a oportunidade de usufruir de um direito muito merecido: as férias escolares.

Uma ressalva importante: nem todos estão liberados das aulas, já que elas seguem na rede municipal e na estadual até 22 de dezembro.

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No entanto, ainda que o período seja desejado e celebrado pela maioria dos alunos, ele também suscita uma série de questionamentos dos pais sobre o que fazer para entreter as crianças e mantê-las ativas.

O POVO passeou por dois parques públicos da cidade - Parque Rachel de Queiroz, no Presidente Kennedy, e Parque Adahil Barreto, no Dionísio Torres - e ouviu crianças, adolescentes e os responsáveis sobre o que eles esperam das férias que estão começando agora.

“Quando muito, tenho apenas uma semana de folga por ano”

O lamento destacado logo acima é do médico Henrique Tavares, de 35 anos. Ele é pai de Isaac, de dois anos e meio, que está no Infantil I e experimentando as primeiras férias escolares da vida.

“A responsabilidade de cuidar do Isaac acaba ficando mais com a minha esposa, ainda que ela também esteja muito ocupada com a pós-graduação. Também temos os nossos pais, que sempre dão uma ajuda. Infelizmente não tenho muito tempo, mas tento estar presente”, afirma o morador do bairro Pici.

Viagem para o Interior

O autônomo Rafael Marques, 41, mora no Conjunto Ceará e tem dois filhos, sendo o mais novo o pequeno Caio Lohan, de 9 anos. Como ainda não está de férias, já que as aulas só vão acabar próximo ao Natal, ele diz estar vivendo dias de ansiedade até poder deixar a Capital rumo à cidade de Ibaretama, distante 145 km de Fortaleza. É lá onde o menino deixa os joguinhos de celular de lado e brinca de pega-pega, arraia e esconde-esconde com os colegas.

“Não posso brincar na rua aqui, mas lá, sim. Tenho mais liberdade. Só vou lá duas vezes no ano, mas tenha a certeza de que saio de lá já pensando em voltar nas férias do meio do ano”, explicou o menino, devidamente trajado com uma fantasia de Sonic, famoso personagem dos jogos eletrônicos.

De olho nas programações infantis (e gratuitas)

Gillmar Carneiro, 39, é consultor de vendas e pai de duas meninas - Ana Letícia, de 10 anos, e Ana Lara, de 4. Ele vai tirar as férias do trabalho em janeiro, então já está planejando ir à casa da família no Cumbuco, praia de Caucaia, onde mora.

Enquanto o dia não chega, ele e a esposa fazem pesquisas na internet para saber de programações voltadas para as crianças.

“Geralmente ficamos de olho nas redes sociais dos shoppings e do Serviço Social do Comércio (Sesc), que têm uma série de atividades nos meses de férias. E o melhor, de graça. Tentamos vaga no Cidade Mais Infância, do Governo do Estado, próximo ao Centro de Eventos, mas parece que é muito difícil porque não conseguimos. Mas vamos continuar à procura”, afirmou.

Dormir e jogar bola “até dizer chega”

Esse é o único pensamento de João Luís Gadelha, de 16 anos, aluno do 2º ano do colégio Farias Brito e morador do Parreão.

“Depois de fazer vestibular, Enem e não sei quantas provas, quero dormir uma semana inteira e passar o resto das férias jogando bola com os amigos. Onde tiver um racha, vou. Até porque é de graça!”, brinca.

O rapaz disse adorar qualquer tipo de esportes e que a atividade física o ajuda a manter a saúde em dia. “Sou diabético, então preciso me manter ativo. Além do mais, sair de casa ajuda a escapar do calor, que está medonho ultimamente. Tá doido!”

Férias para relaxar

Amanda Pereira e Werleson Soares, ambos de 17 anos e namorados, terminaram não só o período letivo mas também o ensino médio profissionalizante na área de enfermagem. Amanda não sabe se vai seguir na profissão, já que disse ter visto muita coisa marcante no estágio, mas preferiu deixar todas as preocupações de lado para dar uma volta com a prima Ariely Vitória, de 9 anos.

Debaixo do braço, o rapaz levava uma caixa já surrada do jogo Banco Imobiliário. “A Ariely pediu muito para vir ao parque porque ela gosta de ficar nos brinquedos e de fazer amizade. E a gente gosta de ficar sentadinho na grama jogando e conversando até dar a hora de voltar pro Cristo Redentor”, disse a moça.

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