Ex-policiais e empresário são presos suspeitos de matar advogado na Parquelândia

Dois ex-PMs e um empresário foram capturados suspeitos de matar Francisco Di Angellis Duarte Morais, de 41 anos

Três pessoas foram presas na manhã deste sábado, 17, suspeitas de envolvimento na morte do advogado Francisco Di Angellis Duarte Morais, de 41 anos, no último dia 7 de maio no bairro Parquelândia. As prisões ocorreram em Fortaleza, Caucaia e Eusébio (Região Metropolitana de Fortaleza).

Os nomes dos presos não foram divulgados pela Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS), mas uma fonte ligada à área informou a O POVO que foram presos dois ex-policiais militares, que seriam os executores do crime, e um empresário da área de saúde, que seria o mandante.

A fonte, que pediu para ter a identidade preservada, repassou que os ex-PMs presos são: José Luciano Souza de Queiroz, de 43 anos, e um outro homem identificado até o momento apenas como Bonfim. Já o empresário preso trata-se de Ernesto Wladimir Oliveira Barroso, de 42 anos.

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Contra eles, foram cumpridos mandados de prisão e busca e apreensão. Durante as buscas foi apreendida uma arma de fogo, além de munições, uma pequena quantidade de drogas, celulares e dois veículos.

A SSPDS não divulgou qual teria sido a motivação do crime.

Conforme O POVO apurou, a investigação identificou que os executores se encontraram diversas vezes com o suposto mandante, assim como já monitoravam a rotina da vítima há mais de um mês. José Luciano, inclusive, teria feito perguntas sobre procedimentos de segurança tomados pelo proprietário do grupo de comunicação para o qual Francisco Di Angellis trabalhava.

A Polícia Civil segue investigando mais envolvidos no caso. A ação desta manhã foi desenvolvida pela 6ª Delegacia de Homicídios do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), com apoio do Departamento de Inteligência Policial (DIP) e da Coordenadoria de Operações e Recursos Especiais (Core) da PC-CE, além da Coordenadoria de Inteligência (Coin) da SSPDS.

Relembre o caso

Francisco Di Angellis foi morto a tiros no momento em que chegava, de carro, em casa. Os executores foram dois homens que estavam em uma moto. O advogado foi morto com mais de dez disparos. Como O POVO mostrou em matéria no dia 8 de maio, Francisco di Angellis vinha sofrendo ameaças de morte.

Ex-PM é réu por homicídio

Um dos suspeitos de matar Francisco Di Angellis, o ex-PM José Luciano Souza de Queiroz, é réu por um homicídio ocorrido em 2018 em Jijoca de Jericoacoara (Litoral Oeste do Estado).

Conforme denúncia do Ministério Público Estadual (MPCE), José Luciano, acompanhado de outros três policiais, matou Francisco Renan Portela de Araújo em 20 de março daquele ano. Na ação, uma mulher também ficou ferida.

O crime teria sido motivado por a vítima, que seria traficante de drogas, estar ameaçando um policial militar. A denúncia narra que os policiais saíram de Fortaleza até Jijoca de carro, invadiram a casa da vítima e, sem conseguir colocá-la dentro do veículo por conta da reação dele e de sua família, executaram-no com 10 tiros.

Os policiais foram presos ainda em estado de flagrante, em Acaraú, após fugirem. Os réus obtiveram, posteriormente, o relaxamento da prisão e seguem aguardando julgamento.

Atualizada às 14h30min

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Segurança Pública Ceará Homicídio advogado Parquelândia Assassinato Fortaleza

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