Cozinha Solidária, em Fortaleza, denuncia invasão de supostos policiais

A Polícia Civil do Ceará informou que investiga um caso de "constrangimento ilegal" em "imóvel público" e que busca identificar os suspeitos e elucidar o caso

O projeto Cozinha Solidária, no Grande Jangurussu, em Fortaleza, denunciou uma invasão de supostos policiais no imóvel durante a manhã desta quinta-feira, 7. Os homens armados e a paisana teriam entrado pela porta dos fundos sem mandado judicial, feito questionamentos e ameaçado atirar nos voluntários. A Polícia Civil apura um caso de "constrangimento ilegal" em imóvel público.

Conforme relato de denunciantes, os homens chegaram em dois carros de cor cinza com giroflex. Na entrada, os supostos policiais não se identificaram, no entanto, um deles chamou o outro de sargento informando que "quem corresse ia levar aço". Ainda segundo as fontes, eles fizeram uma série de perguntas aos voluntários sobre "quem pagava o salário deles". Em seguida, um dos policiais afirmou: "É uma cozinha mesmo". Logo depois foram embora. 

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Constrangidos e com medo após a situação, a equipe do Cozinha Solidária gravou um vídeo informando que nunca tiveram apoio do Governo do Estado ou algum incentivo para servir as refeições. Desde a inauguração, há três meses, são 15 mil refeições servidas. 

Nas redes sociais, internautas questionaram a falta de um mandado judicial de busca e apreensão. Além de oferecer refeições gratuitas, o projeto reuniu, recentemente, crianças para ensinar xadrez. A cozinha é um projeto do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) e foi inaugurada no dia 2 de abril deste ano com a presença de Guilherme Boulos, líder do Movimento.

O que diz a Polícia

Por meio de nota, a Polícia Civil do Ceará informou que apura um caso de "constrangimento ilegal" ocorrido em um "imóvel público" na manhã desta quinta-feira, 7, no bairro Jangurussu. O órgão informou que o Boletim de Ocorrência (B.O) foi realizado no 30º Distrito Policial e que realiza diligências para identificar os suspeitos e elucidar os fatos. 

A Polícia recebe informações que podem auxiliar as investigações pelo número 181, o Disque-Denúncia da Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS), ou pelo (85) 3101-0181, que é o número de WhatsApp, por onde podem ser feitas denúncias via mensagem, áudio, vídeo e fotografia. As denúncias também podem ser encaminhadas para o telefone (85) 3101-3525, do 30º DP. A SSPDS informa que o sigilo e o anonimato são garantidos.

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