Ar-condicionado em ônibus deve abrir discussão sobre impacto financeiro, diz Sindiônibus

As estratégias para aumento da receita também passam por outras medidas, como os subsídios públicos, e não apenas pelo reajuste da tarifa que é repassada ao passageiro

Uma discussão sobre o impacto financeiro será necessária caso os ônibus de Fortaleza voltem a poder operar com ar-condicionado, de acordo com o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros do Estado do Ceara (Sindiônibus). Em nota nesta segunda-feira, 16, a entidade informou que os veículos não estão rodando com ar-condicionado em obediência à norma sanitária estabelecida pelo poder público, para manter as janelas abertas e garantir maior circulação do ar.

As empresas solicitam ainda uma revisão extraordinária da tarifa para conter a situação financeira “temerária” e o aumento dos custos de produtos, em especial os combustíveis. “(Essa é) uma solução para garantir a continuidade normal da prestação do serviço em Fortaleza e na Região Metropolitana, tendo em vista que não há simples medidas de contenção de gastos que possam remediar a questão”, enfatiza em nota.

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O equilíbrio financeiro pode ser atingido não apenas a partir da arrecadação da tarifa, conforme o Sindiônibus. “Fontes extra-tarifárias, como os subsídios públicos, possibilitam manter o preço da passagem abaixo do valor técnico”, reforçou em nota. Atualmente, a passagem de Fortaleza custa R$ 4,50, mas parte do valor é custeado pela administração municipal, restando R$ 3,90 para o consumidor final.

O prefeito José Sarto (PDT) garantiu, em entrevista à rádio O POVO CBN nesta segunda-feira, 16, que a passagem de ônibus não vai aumentar. Em 2022, a passagem de ônibus em Fortaleza passou a custar R$ 3,90, com reajuste de 8,3%. A Prefeitura e o Governo do Estado assinaram um subsídio de R$ 6 milhões por mês para segurar os custos da tarifa. A próxima reunião de revisão de tarifa deve acontecer no fim do ano, mas o Sindiônibus dialoga com a Prefeitura para realizar uma revisão extraordinária.

O POVO entrou em contato com a Empresa de Transporte Urbano (Etufor) e aguarda um posicionamento oficial sobre a intenção da revisão tarifária. A reportagem também contatou a Agência Reguladora do Ceará (Arce) e aguarda resposta. Ambos órgãos são responsáveis pelas negociações, em nível municipal e estadual, respectivamente.

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