Família que faz campanha para trasladar guineense sofre tentativa de golpe pelas redes sociais

Eles chegaram em 75% do valor necessário para fazer o traslado e continuam a campanha. Milton Sanca chegou ao Brasil durante a pandemia e morreu vítima de um AVC

A família do guineense Milton Sanca, que faz campanha para angariar fundos para trasladar o corpo do homem, passou por uma tentativa de golpe nesta quinta-feira, 12, por meio das redes sociais. Adilson Oliveira, irmão de Milson, explicou que os golpistas ofereceram o serviço para o translado e a passagem de um acompanhante, mas exigiram o pagamento antecipado de R$ 3,6 mil para concluir a compra. “Não pagamos o valor, mas eles pegaram nossos dados”, relata. 

Nesta sexta-feira, eles foram à delegacia para fazer um boletim de ocorrência por crime de estelionato. Os golpistas forjaram até um boleto de pagamento de uma companhia aérea internacional, incluindo dados oficiais, como o endereço e CNPJ da empresa. O POVO contatou a Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS) por e-mail e aguarda resposta.

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Milton morreu aos 39 anos vítima de um Acidente Vascular Cerebral (AVC). Adilson Oliveira, irmão de Milton, disse que eles continuam a campanha de arrecadação de fundos para fazer o translado. Até o contato na apuração desta matéria, 75% do valor necessário já havia sido levantado. A família ainda teme que a demora para juntar os recursos acarrete em problemas na conservação do corpo, que está no Hospital Geral de Fortaleza (HGF) desde o óbito. 

A Embaixada da Guiné-Bissau no Brasil, buscada pelos familiares, disse que não possui condições para prestar apoio financeiro para trasladar o corpo de Milton Sanca. O órgão relatou que fez diligências junto ao Governo da Guiné-Bissau, por meio do Ministério dos Negócios Estrangeiros, Cooperação Internacional e das Comunidades, mas não informou sobre as respostas recebidas sobre o caso.

A representação explicou em nota que atua somente em relação à cooperação e colaboração na emissão de documentos, assim como a intermediação entre os órgãos alfandegários e as instituições funerárias. A embaixada também faz contato com o Ministério das Relações Exteriores da República Federativa do Brasil, caso seja necessário.

O órgão atuou em três transladações de cidadãos guineenses falecidos no Brasil para Guiné-Bissau entre 2021 e 2022. Nessas ocasiões, o custo total foi assegurado pelos familiares e amigos, conforme a embaixada. “A Embaixada da República da Guiné-Bissau no Brasil lamenta não poder prestar apoio financeiro solicitado pela Associação (dos estudantes guineenses no Ceará)”, disse em nota, enfatizando que é possível prestar o apoio burocrático.

Milton Sanca, homem natural de Guiné-Bissau que morava em Fortaleza, morreu por complicações médicas no último dia 25 de abril, aos 39 anos. Foi constatado o AVC. Ele havia chegado à Capital em 2019 e estava tentando se estabilizar no País com a pandemia do novo coronavírus. Com o óbito, a Associação dos Estudantes da Guiné-Bissau no Estado do Ceará (AEGBEC) está se mobilizando para angariar fundos para que o traslado do corpo de Milton seja feito de volta para seu país natal.

Veja como doar para ajudar nos custos do traslado

Titular da conta: Adilson Victor Oliveira
Banco: Bradesco
Agência: 5449
Conta: 0011198-8
Pix: 709.626.701-89 (CPF)

Titular da conta: Carlos Zacarias Joaquim Júnior
Banco: Nu Pagamentos S.A (0260)
Agência: 0001
Conta: 86370605-5
Pix: 85996221479 (telefone)

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