Missa do Lava Pés: fiéis lotam Catedral após dois anos sem celebração presencial na ocasião

Nos próximos dias, a igreja segue com os ritos que antecedem o Domingo de Páscoa. Fiéis que não frequentavam a Catedral há mais de dois anos falaram da sensação de renovação espiritual

Tradicional celebração da Igreja Católica, a Missa da Ceia do Senhor e Lava Pés reuniu um número considerável de fiéis na noite desta quinta-feira, 16, na Catedral Metropolitana de Fortaleza, no Centro da Capital. Além da ocupação total dos bancos instalados na igreja, as pessoas se sentaram em cadeiras de plástico e de praia para acompanhar a celebração; muitas também acompanharam a missa em pé.

Essa é a primeira vez que o templo, o principal para a religião na Cidade, volta a realizar o ato litúrgico. Durante a missa, o uso de máscaras ainda foi obrigatório e poucos fiéis não fizeram uso do equipamento de proteção. A partir desta sexta-feira, 15, será permitido deixar de usar máscaras também em ambientes fechados, de acordo com decisão anunciada pela governadora Izolda Cela (PDT) nesta quinta-feira, 14, por meio de suas redes sociais.

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A celebração é realizada em alusão à ocasião em que, após realizar a ceia, Jesus Cristo lava os pés de seus apóstolos. Para os católicos, o gesto representa um exemplo de humildade deixado pela figura religiosa. Os fiéis ouvidos pelo O POVO falaram sobre a sensação de renovação espiritual diante do ritual. Presidida pelo arcebispo Dom José Antonio Aparecido Tosi Marques, a missa na Catedral marca o primeiro dia do Tríduo Pascal — os três dias que antecedem a Páscoa. Neste ano, seminaristas da igreja participaram do rito de Lava Pés.

O recepcionista Joel Cochrane disse que a pandemia trouxe aos fiéis o sentimento de medo, mas tornou-se claro que Deus vai ressuscitar no coração dos fiéis. “(A celebração) representa lavar nossa alma, nosso modo de pensar e tratar as pessoas”, considera o homem. “O Senhor vem por meio do Lava Pés para nos dizer para fazer o bem, especialmente para as pessoas que mais precisam de ajuda”, afirmou.

Para a decoradora de festas Dandréia Maciel, esse foi o reencontro com a Catedral após os anos de maior gravidade da pandemia do novo coronavírus. “É uma sensação de estar em casa de novo. Celebrar o Lava Pés aqui na Catedral está sendo poder renovar a minha oferta a Deus para a minha vida. De uma maneira concreta, nós não estávamos conseguindo viver próximo das estruturas da Igreja, junto de pessoas que têm a mesma fé e se esforçam para estar aqui", explica.

Nos próximos dias, a Igreja Católica segue com o ritual que antecede a Páscoa. Nesta sexta-feira, 15, haverá a Celebração da Paixão e Morte do Senhor, celebrada pelo arcebispo Dom José Antônio, às 15 horas, na Catedral. Já no sábado, está programada para a Catedral a Solene Vigília Pascal, também celebrada pelo arcebispo Dom José Antonio. No Domingo de Páscoa, haverá celebração na Catedral em quatro horários: 9 horas, 11 horas, 17 horas e 19 horas — este último sendo a Missa Solene da Ressurreição, presidida por Dom José Antonio.

(Colaborou: Lara Vieira)

 

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