Iraniano responsável por morte de empresário em Fortaleza é condenado a 17 anos de prisão

Há 12 anos, Farhad Marvizi mandou matar um empresário que atuava no mesmo ramo de negócios que o seu. O estrangeiro trazia produtos de forma ilegal para País e foi denunciado pela vítima a um auditor fiscal

O iraniano Farhad Marvizi foi condenado à pena de 17 anos de reclusão, prisão inicialmente em regime fechado, por crime de homicídio consumado e qualificado por meio torpe e com recurso que dificultou a defesa da vítima. A decisão judicial foi tomada pelo Conselho de Sentença da 2ª Vara do Júri da Comarca de Fortaleza na última terça-feira, 5. Farhad está preso em unidade penitenciária federal.

A morte do empresário Francisco Francélio de Holanda Filho, há 12 anos, foi a causa da condenação de Marvizi. Ele foi executado no cruzamento das ruas Padre Valdevino e João Cordeiro, quando teve seu veículo interceptado por dois indivíduos em uma motocicleta, sendo alvejado por diversos tiros. O caso aconteceu no dia 8 de julho de 2010, por volta das 19 horas.

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Segundo as investigações, Farhad trazia eletrônicos de forma ilegal ao Brasil e os vendia em sua loja com preços muito inferiores aos praticados pelos concorrentes. Holanda Filho, que vendia seus produtos legalmente, resolveu denunciar o iraniano para um auditor fiscal, José de Jesus Ferreira. A fiscalização da autoridade, com apreensão de diversas mercadorias, foi suficiente para que o estrangeiro encomendasse sua morte, o que não se concretizou.

A tentativa de homicídio do auditor foi alvo da Operação Canal Vermelho, conduzida pela Polícia Federal. Foi confirmada a autoria intelectual do crime por Farhad e identificado que foi aplicado o mesmo modus operandi do assassinato do empresário, então administrador das lojas American Celular e Tagarela.

O grupo criminoso liderado por Marvizi também executou um casal em 2010 como queima de arquivo, pois eles estavam colaborando com as investigações da Polícia Federal. Em maio de 2015, Mayron Silva de Lima foi condenado pela Justiça Federal a 11 anos e oito meses de prisão. Ele é um dos acusados de participar do atentado contra o auditor fiscal.

De acordo com o julgamento, Mayron foi quem efetuou os disparos que atingiram o auditor fiscal. Conforme a Justiça, ele estava na garupa da motocicleta guiada por Lucivaldo Pereira Ferreira. O condutor da moto utilizada na ação criminosa também iria ser julgado, mas foi morto dentro do presídio. As causas da morte são desconhecidas.

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