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Último acusado de atentado contra auditor fiscal é condenado a 14 anos de prisão

Alex não teve direito de recorrer da sentença, conforme a Justiça Federal, e saiu da sessão custodiado pela Polícia Federal
21:20 | Out. 05, 2017
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Tipo Notícia

A Justiça Federal do Ceará condenou a 14 anos de prisão Alex Nogueira Pinto, último acusado do atentado contra o auditor fiscal da Receita Federal José de Jesus Ferreira, em sessão dessa terça-feira, 3. O crime ocorreu em 9 de dezembro de 2008, quando a vítima dirigia no cruzamento entre as ruas Meruoca e José Lino, na Varjota. O auditor investigava um esquema de crime organizado liderado pelo iraniano Farhad Marvizi e sobreviveu.

A pena deveria ser cumprida inicialmente em regime fechado, pelo cometimento do crime de tentativa de homicídio. Alex não teve direito de recorrer da sentença, conforme a Justiça Federal, e saiu da sessão custodiado pela Polícia Federal.

Segundo Helder Costa da Rocha, presidente da Delegacia Sindical no Ceará do Sindifisco Nacional, o atentado foi dirigido ao Estado, por isso a condenação de todos alivia, mas ainda "evidencia que há muito a ser conquistado". "Atentar contra um agente público por fatos vinculados ao seu cargo é agredir o próprio Estado de Direito, o que não se pode admitir", completou Danilo Dias Vasconcelos de Almeida, juiz federal substituto que presidiou o inquérito.

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Em maio de 2015, Mayron Silva de Lima, acusado de atirar contra o auditor fiscal, foi condenado a 11 anos e oito meses de prisão. Mayron Silva é apontado como o passageiro na motocicleta que realizou a emboscada contra o auditor fiscal e teria atirado cinco vezes contra a vítima.

O motorista da moto foi identificado pela Polícia como Lucivaldo Pereira Ferreira, que morreu dentro do presídio, de acordo com o procurador da República Luís Carlos de Oliveira Júnior, conforme publicado no O POVO em maio de 2015.

Apesar de sobreviver, o auditor ficou com projéteis alojados no corpo que prejudicam na fala e em alguns movimentos. O homem condenado por ser o mandante do crime, o iraniano Farhad Marvizi, foi julgado em outubro de 2010 e recebeu pena de 20 anos de reclusão em regime fechado.

Farhad cumpre pena em uma penitenciária de segurança máxima no Rio Grande do Norte. Ele também foi condenado a 128 anos de prisão pelos crimes de lavagem de dinheiro e evasão de divisas. Também é citado em pelo menos 17 investigações por outros assassinatos, contrabando, descaminho, lavagem de dinheiro, sonegação fiscal, formação de quadrilha e enriquecimento ilícito.

Redação O POVO Online
Com informações da Justiça Federal

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