Acusado de matar Alana não comparece à reconstituição do crime em Fortaleza

Reconstituição ocorreu no bairro Luciano Cavalcante, na residência onde Alana foi encontrada morta, em março do ano passado. Além da Perícia Forense do Ceará, um perito particular também esteve presente

O acusado de matar Alana Oliveira, David Brito, não compareceu nesta terça-feira, 5, à reconstituição do crime na residência localizada no bairro Luciano Cavalcante, onde a moça foi encontrada morta com um tiro na cabeça, no dia 21 de março de 2021. David segue em liberdade e, de acordo com o advogado Leandro Vasques, ele não compareceu porque "está amparado pelo preceito constitucional de não atribuir provas contra si". Um familiar dele participou da reconstituição. Familiares, amigos e pessoas engajadas na luta contra o feminicídio também estiveram presentes.

Alana teria ido à residência para reunião de amigos, e os convidados assistiriam a uma live. Os colegas foram embora, e a vítima ficou na casa, no entanto, foi encontrada no dia seguinte morta. O tiro atingiu a moça no meio a testa. Os parentes de Alana dizem que seria impossível a jovem atirar contra si mesma dessa forma. A defesa do acusado, feita por Leandro Vasquez, afirma que houve um acidente com a arma de David. 

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Como forma de esclarecer os fatos, a Polícia Civil, a Perícia Forense e advogados estiveram na residencia para a reconstituição. Durante a chegada do advogado Leandro Vasques, parentes e amigos gritaram "Alana Presente". A Perícia Forense do Ceará deve emitir um parecer. Ainda havia um perito particular na reprodução simulada dos fatos. 

A audiência de instrução deve ocorrer no próximo dia 17 de maio. O laudo da reconstituição deve demorar entre um mês a dois para ser concluído. As informações são do advogado Leandro Vasques, que faz a defesa do empresário acusado.

Família da vítima

Desde o dia do crime, a mãe e a irmã de Alana comparecem a atos e se manifestam para que a morte da moça não caia no esquecimento. Familiares fizeram um protesto na frente da empresa do suspeito e publicam todo dia atualizações sobre o caso, que é considerado por eles um feminicídio.

Um detalhe citado pelos parentes é de que Alana seria bolsista na escola de idiomas onde o suspeito é gestor. Para a família, isso é um indício de que os dois mantinham contato. No entanto, em um dos depoimentos, ele teria dito que a conheceu no dia da reunião na casa do bairro Luciano Cavalcante.

No dia do julgamento de Francisco Alberto Nobre Calixto Filho, condenado pela morte de Stefhani Brito, crime ocorrido no dia 1º de janeiro de 2018, a mãe de Alana esteve ainda no fórum Clóvis Beviláqua para dar apoio à dona Rose, mãe de Stefhani. 

Mulheres vítimas de violência 

Na semana passada, O POVO noticiou o caso de Kelcy Campos, de 31 anos, morta pelo companheiro no bairro Conjunto Esperança. O homem cometeu suicídio após o crime. O caso foi registrado durante a madrugada do dia 1º. No mesmo dia, também de madrugada, uma mulher de 29 anos foi lesionada com 11 golpes de faca, no bairro Vicente Pinzón. Ela está internada no Instituto Doutor José Frota (IJF), no Centro. O suspeito do crime foi preso.

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