No Cocó, Sema e Sesc inauguram o único meliponário público de Fortaleza

O Meliponário Parque Escola será um espaço de educação ambiental dentro do Parque do Cocó, com o objetivo de recuperar as abelhas brasileiras sem ferrão e divulgar a importância do inseto para o meio ambiente

Ao som dos tambores da Brigada da Natureza, foi inaugurado o Meliponário Parque Escola no Parque do Cocó neste sábado, 20. O ambiente é composto por 11 colmeias de espécies de abelhas sem ferrão, entre elas as abelhas jandaíra (Melipona subnitidae) e canudo (Scaptotrigona depilis).

O espaço é, atualmente, o único meliponárioMeliponário são as culturas de abelhas sem ferrão. Apiculturas são de abelhas com ferrão. público de Fortaleza e será um local de educação ambiental, fruto de parceria entre a Secretaria Estadual do Meio Ambiente (Sema) e o Serviço Social da Indústria e Comércio (Sesc).

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O objetivo é reforçar a importância ecossistêmica das abelhas, insetos polinizadores ameaçados pelo desmatamento, e recuperar as espécies de abelhas brasileiras sem ferrão. “Embora costumemos pensar nas abelhas como simples polinizadores, elas fazem muito mais do que produzir mel, e a extinção das mesmas pode causar grandes problemas para o nosso ecossistema e até para a economia”, afirma, em nota, o secretário estadual do Meio Ambiente Artur Bruno.

De acordo com Joaquim Saldanha, meliponicultor e idealizador do projeto Meliponário Escola, as abelhas com ferrão que conhecemos foram introduzidas no Brasil ainda na época da colonização. Ele conta que os jesuítas trouxeram colônias de abelhas europeias (Apis mellifera) para produção de cera para velas. Mais tarde, em 1956, foram introduzidas abelhas africanas (Apis mellifera scutellata) no País, com a intenção de aumentar a produção de mel brasileira.

No entanto, as espécies europeias e africanas se misturaram, formando a abelha africanizada, uma espécie híbrida. Ela tomou conta de toda a América do Sul e também do Norte, chegando até os Estados Unidos, e é conhecida por ser uma espécie muito mais defensiva.

Enquanto isso, as espécies de abelhas brasileiras, que nunca tiveram ferrão, foram perdendo espaço, principalmente pelo desmatamento em massa. A nordestina jandaíra tem sofrido com a derrubada de árvores, tais quais a Catingueira, deixando-as sem locais para criar uma colmeia.

"[Os responsáveis pelo Meliponário Parque Escola] mostraram a importância das abelhas, sem ferrão sobretudo, para a natureza. Elas vivem da natureza, polinizam e trazem a natureza de volta para a humanidade", discursou o secretário Artur Bruno.

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