Suspeito de chefiar o Comando Vermelho no Ceará é o décimo capturado da lista de recompensas

"Daniel Trator" foi o décimo preso da lista do Programa Estadual de Recompensa e é considerado um dos últimos líderes de facção criminosa oriunda do RJ com atuação no CE

A prisão de "Daniel Trator", o Daniel Oliveira da Silva, 38, na comunidade Rosalina, em Fortaleza, foi a décima entre os alvos incluídos na lista do Programa Estadual de Recompensa, instituído em 2019. De acordo com a Polícia, Daniel era um dos últimos líderes de facção criminosa  do Rio de Janeiro, o Comando Vermelho, com atuação no Ceará que ainda estava em liberdade. Os demais braços considerados chefes já teriam sido capturados. Ele teria ligação direta com Francisca Valeska Pereira Monteiro, a "Majestade", presa na última sexta-feira, 27 de agosto. 

O homem foi preso na Comunidade Rosalina, em Fortaleza, na tarde desta segunda-feira, 31 de agosto. Ele e outro homem estavam em uma residência e, ao perceberem a chegada da Polícia, tentaram fugir. Daniel foi preso e o outro suspeito conseguiu escapar. "Ele (o Daniel) morava bem próximo a um terreno e, ao perceberem a entrada de um carro estranho na comunidade, ele e o comparsa tentaram escapar. Infelizmente, o comparsa dele que fugiu com a pistola, que não foi capturada", conta o delegado titular do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa, Harley Filho.

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Ainda de acordo com o delegado, Daniel era o responsável por fazer a unificação dentro de territórios recém-conquistados pelo grupo. Após o domínio desses locais, ele tentava convencer pessoas já faccionadas em grupos rivais a entrarem no Comando Vermelho.

 

Contra ele, havia quatro mandados de prisão em aberto pelos crimes: integrar organização criminosa, atuar no narcotráfico e ser mandante de homicídios na Capital. No momento da prisão, de acordo com a Polícia, ele estava com uma pistola calibre .45 e R$ 10 mil no bolso (que justificou ser oriundo da venda de um carro). Porém, um comparsa teria conseguido fugir levando a arma. Ele foi levado para o Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). O valor da recompensa oferecida para quem fornecesse informações sobre sua localização era de R$ 7 mil. 

Segundo  titular da Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS), Sandro Carón, todos os homicídio comandados pelo grupo passavam pelo crivo de Daniel.

Um dos mandados contra ele é referente à Operação Guilhotina, desencadeada em fevereiro e com registros de apreensão de 1,5 toneladas de drogas e a prisão de 30 pessoas.

Entre os dez presos que eram alvos do Programa de Recompensas, foram nove homens e uma mulher. As prisões aconteceram desde julho de 2020 em diferentes estados, como Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte e São Paulo.

 

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