Padres Lino e Oliveira recebem confirmação de inclusão no programa de proteção

Eles foram recebidos pela Secretaria da Proteção Social, Justiça, Cidadania, Mulheres e Direitos Humanos (SPS) depois serem ameaçados e hostilizados 

Os padres Lino Allegri e Oliveira Braga Rodrigues, da Paróquia da Paz, receberam, nesta quarta-feira, 21, a confirmação com seus nomes incluídos no Programa de Proteção a Defensoras e Defensores dos Direitos Humanos. A solicitação tinha sido feita à Secretaria da Proteção Social, Justiça, Cidadania, Mulheres e Direitos Humanos (SPS) na segunda-feira, 19, após receberem ameaças e serem hostilizados.

Os dois foram alvo de ataques por simpatizantes do presidente Jair Bolsonaro em Fortaleza. Na última segunda, eles estiveram com a titular da SPS, Socorro França, e a secretária-executiva de Justiça, Cidadania e Direitos Humanos, Lia Gomes, para conhecer o programa e outros serviços de acolhimento que o órgão disponibiliza.

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Críticos do padre Lino o acusam de utilizar a Igreja da Paz para fazer "proselitismo político" e "pregar o progressismo". As críticas começaram após o padre manifestar, durante uma missa de 4 de julho, críticas a Jair Bolsonaro e lembrar das mais de 500 mil mortes por Covid-19 no Brasil. Desde então, apoiadores do presidente têm realizado “vigílias” no local aos fins de semana, com direito a protestos e xingamentos contra o religioso.

“Situações como as vivenciadas pelos padres são inaceitáveis. A SPS, atendendo determinação do governador Camilo Santana, esteve desde o início acompanhando e oferecendo os serviços de acolhimento e atendimento", pontua a titular da SPS, Socorro França, por meio de nota.

O programa conta hoje com 66 pessoas protegidas, todas relacionadas à defesa dos direitos humanos. O programa de proteção é um dos quatro programas que integram o Sistema Estadual de Proteção a Pessoa. Além dele, há o Programa de Proteção a Pessoas e Testemunhas Ameaçadas (Provita), Programa de Proteção a Crianças e Adolescentes Ameaçados de Morte (PPCAAM) e o mais recente Programa de Proteção Provisória (PPPro). O Ceará é o único Estado a contar com um programa provisório, que é mantido exclusivamente com recursos estaduais.

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