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Homenagens, gritos de guerra, oração e buzinaço marcam último adeus a motorista de app

O motorista de aplicativo José Hilker Assunção de Sousa, 28, teve o corpo queimado por criminosos após descobrirem fotos dele fardado no celular. Hilker morreu neste sábado, 5, após 14 dias internado no IJF
17:54 | Dez. 06, 2020
Autor Angélica Feitosa
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Tipo Notícia

Emoção, oração, gritos de guerra e homenagens marcaram a despedida de parentes, amigos e companheiros de jornada do motorista de aplicativo José Hilker Assunção de Sousa, 28, neste domingo, 6. No último dia 21, ele foi roubado, agredido e teve o corpo queimado após realizar uma corrida. O velório de Hilker começou às 22 horas de sábado, 5, em um espaço cedido por um projeto social e se estendeu até as 10h30min deste domingo. Após as homenagens, um cortejo de cerca de 100 carros, com amigos da vítima, familiares, motoristas de aplicativo e homens da Força Aérea, onde Hilker atuou como militar, seguiram até o Cemitério Memorial Fortaleza, em Maracanaú, na Região Metropolitana, com balões pretos e brancos e buzinaço.


“Houve uma homenagem da Força Aérea, da Associação da Uber e do Batalhão de Polícia de Choque”, elenca a mulher do motorista, a dona de casa Gleycy Araújo, momentos após o enterro. “Eu estava meio desnorteada. Mas as homenagens falaram sobre os casos de violência. O meu esposo não foi o primeiro motorista e foi feito um pedido de maior segurança”, lamenta. Os carros seguiam no cortejo, levando cartazes escrito "Saudade" e “Luto Hilker". O motorista era casado e tinha um filho de dois anos de idade.



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A esposa conta que as homenagens partiram de integrantes da Força Aérea, que fizeram um grito de guerra, de policiais do Batalhão de Choque, que fizeram uma oração e deixaram uma brasão, e da associação dos motoristas de aplicativo. “Foi uma homenagem muito bonita e muito triste”, resume.

Motorista de aplicativo e ex-membro da Força Aérea, José Hilker Assunção de Sousa morreu entre a noite desta sexta-feira, 4, e a manhã deste sábado, 5, após duas semanas internado na UTI do Instituto Doutor José Frota (IJF). Ele teve 95% do corpo queimado durante a tentativa de latrocínio (roubo seguido de morte) que ocorreu no sábado, 21 de novembro, em Caucaia.

No dia do ataque, os acusados teriam vasculhado o aparelho celular da vítima e encontrado fotografias dele fardado. Por acreditarem se tratar de um policial militar, atearam fogo contra o motorista. As informações sobre a motivação do crime foram repassadas por amigos e familiares. Ele foi atingido por um objeto perfurocortante. Depois, atearam fogo nele e roubaram o carro modelo Siena. O veículo foi localizado na madrugada do dia seguinte, 22 de novembro, no bairro Parque Santa Rosa, em Fortaleza.

 

 

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