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Família tenta provar inocência de rapaz preso em operação da Polícia Federal

A operação teve atuação em estados e cumpriu 422 mandados de prisão, entre eles, o de Clisma Rodrigues
19:47 | Set. 18, 2020
Autor Jéssika Sisnando
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Jéssika Sisnando Repórter
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Tipo Notícia

A operação da Polícia Federal no dia 31 de agosto, denominada Caixa Forte II, resultou na prisão do cearense Clisma Rodrigues dos Santos, de 29 anos. Desde então, a família do rapaz tenta provar que houve um engano na investigação que chegou até o vendedor de sapatos.


A operação Caixa Forte II tratava do tabelamento para o pagamento de mesadas do Primeiro Comando da Capital (PCC), uma facção criminosa com atuação em São Paulo. A ação aconteceu em todo o Brasil com cumprimento de mandados de prisão e busca e apreensão. A família afirma que a irmã de Clisma teve um relacionamento com um homem que seria alvo da operação. Deste relacionamento nasceu uma criança. O vendedor emprestava a conta bancária para que a pensão de alimentos fosse transferida para a irmã e, por isso, teria sido envolvido na operação e preso.


Apesar de ter provado à Justiça que o dinheiro era oriundo da pensão alimentícia e também das suas gratificações como vendedor em Fortaleza, a prisão dele foi mantida. A família, para pagar o advogado, teve que fazer uma "vaquinha" com amigos que contribuíram para a defesa do rapaz. Parentes acreditam que houve um engano na investigação da Polícia Federal, que considerou o envolvimento dele a partir das transações bancárias.

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Advogado Renato Carneiro, que faz a defesa do Clisma, afirma que dia 1º de setembro entrou com pedido de revogação da prisão e que no dia 14 saiu o indeferimento do pedido, que mantém a prisão de Clisma. Atualmente, há uma habeas corpus no Tribunal de Justiça de Minas Gerais que está aguardando apreciação. 


Ele afirma que foram descritos os fatos sobre o pagamento da pensão e que esse dinheiro era de natureza ilícita, de uma facção, e Clisma não tinha conhecimento. Ele nunca se beneficiou dos valores e apenas emprestava a conta para que os sobrinhos tivessem acesso à pensão alimentícia. "Ele não tem antecedentes criminais, tem endereço fixo, profissão lícita e essa é nossa fundamentação para o pedido de liberdade", relata. 

Procurada pelo O POVO a Polícia Federal informou que não se pronuncia sobre investigações em andamento. 

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