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70% do orçamento da Prefeitura é administrado por mulheres

No entanto, apenas 26% dos órgãos e secretarias municipais são chefiadas por mulheres;

Durante o lançamento da plataforma Observatório da Mulher na manhã desta segunda, 9, o prefeito de Fortaleza, Roberto Cláudio, informou que cerca de 70% do orçamento da prefeitura é administrado e organizado por mulheres que ocupam cargos de liderança municipal, como órgãos e secretarias.

O prefeito ressaltou que os cargos foram conquistados pela luta e conscientização das mulheres ao perceber por quantos preconceitos e limitações as minorias sociais passaram pelo século passado. "É uma página importante que vivemos nos últimos 70 anos para caminharmos no sentido da equidade", informou o prefeito.

No entanto, ainda há uma assimetria nos cargos. Dos 49 órgãos e secretarias municipais, apenas 13 são chefiados por mulheres - número representa 26% do total. Sobre o assunto, RC disse que ainda há um desequilíbrio que precisa ser reconquistado nos cargos municipais e informou que o lançamento do portal Observatório da Mulher pode ajudar no desenvolvimento de políticas públicas, como editais e ações nos bairros onde ocorrem os maiores índices de violência.

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O Portal Observatório da Mulher de Fortaleza é uma nova ferramenta que deverá sintetizar dados de violência doméstica, familiar e sexual nos bairros de Fortaleza. Os dados provém do Centro de Referência e Atendimento à Mulher em Situação de Violência Francisca Clotilde e também facilitará o mapeamento dos casos de violência contra o gênero na Capital.

Cerca de 6 mil atendimentos foram realizados em 2019. A amostra distribui os dados em mapas de calor divididos entre bairros e regionais de Fortaleza. Além disso, também informa sobre ações organizadas pela Secretaria Municipal dos Direitos Humanos e Desenvolvimento Social (SDHDS) por meio da Coordenadoria Especial de Políticas para as Mulheres.

2.817 CASOS DE VIOLÊNCIA CONTRA O GÊNERO EM FORTALEZA FORAM REGISTRADOS EM QUATRO MESES

Os dados coletados até então pelo portal informam sobre casos elencados durante quatro meses, entre outubro de 2018 e fevereiro de 2019. Foram registrados 2.817 casos de violência contra mulher nos bairros da Capital. O portal abrange as categorias de violência física, violência moral, violência psicológica, violência patrimonial, violência sexual e tentativa de homicídio.

A Regional IV lidera com o maior número de casos, com 705, cerca de 25% do total. Bairros como o Bom Jardim e o Conjunto Palmeiras tem mais problemáticas em relação a empregabilidade dessas mulheres, que desenvolvem, em sua maioria, trabalhos considerados como informais. O bairro Bom Sucesso enumera grande parte dos casos de violência psicológica contra essas mulheres, como informa a titular da Coordenadoria de Políticas Públicas para as Mulheres, Nathália Rios.

A secretaria informa que, por meio da coleta dos dados, indicadores podem reforçar e criar ações que auxiliem as mulheres por meio de políticas públicas, a exemplo do projeto Ação Mulher. A iniciativa, que acontece mensalmente, visa mobilizar bairros da Capital tido como vulneráveis e divulgam ações articuladas para o público.

Além dos dados, o portal também elencará eventos e ações da prefeitura que visam combater a violência de gênero na Capital.

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