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Em protesto, vereadora pede que prefeito se pronuncie sobre os ônibus de autoatendimento

Além do pagamento por meio de cartões, manifestantes reclamavam da demissão em massa de cobradores

A vereadora Larissa Gaspar (PT) protocolou denúncia formal contra o prefeito Roberto Cláudio (PDT) pedindo que ele se pronuncie sobre os ônibus de autoatendimento. Segundo ela, o transporte coletivo que não aceita dinheiro, apenas cartões, fere direitos do consumidor. Ela cobra resposta do prefeito em até 72 horas. Durante a manhã desta sexta-feira, 11, a vereadora esteve em frente ao Paço Municipal com cobradores, motoristas e usuários do sistema público de transporte para protestar contra a modalidade de pagamento adotada nos coletivos.

“A população está sendo forçada. A tecnologia está sendo utilizada para humilhar e constranger as pessoas a fazerem um cartão para usar o transporte coletivo. É uma prática abusiva”, diz Larissa. Além do pagamento da passagem, as outras reivindicações dos manifestantes são em relação a demissões de cobradores e extinção de seus postos de trabalho. Entre outubro de 2018 e agosto deste ano, 931 cobradores foram demitidos em Fortaleza, de acordo com o Sindiônibus.

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Larissa defende ainda que a situação atual fere as diretrizes da Lei Nº 7.163, de 30 de junho de 1992, que lista o padrão de conduta para motoristas e cobradores trabalhadores dos coletivos municipais de Fortaleza. Para ela, o motorista precisa desviar sua atenção do trânsito, tanto para atender demandas dos passageiros quanto para vender cartões expressos de passagem. Se Roberto Cláudio não responder à denúncia, a vereadora diz que o fato pode se configurar em crime de responsabilidade. “Se nada for feito, vamos acionar o poder judiciário”.

Presente na manifestação, Domingos Neto, presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários do Estado do Ceará (Sintro), demonstrou descontentamento com as medidas e afirmou que a população está sendo prejudicada, assim como os trabalhadores do sistema. “Os profissionais estão perdendo seus empregos para um sistema ganancioso, que só vê o lucro. Os passageiros estão sendo desrespeitados nos seus trajetos de ir e vir”.

“A cidade não debateu essa alteração, nem o poder público, nem o legislativo. Foi uma imposição do setor privado”, afirmou o deputado estadual Renato Roseno, que também estava no ato. Ele pede que a Prefeitura discuta as medidas adotadas no transporte público com mais clareza.

Durante o protesto, a Guarda Municipal pediu para que os manifestantes diminuíssem o volume do som que estavam utilizando, pois estaria atrapalhando os comerciantes locais. No entanto, o volume foi mantido.

*Com informações do repórter Leonardo Maia/Especial para O POVO

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