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Tapumes do Acquário teriam sido retirados depois de parte da estrutura ceder próximo a criança

A reportagem esteve na estrutura do Acquário nesta tarde e verificou o abandono do local, que não contava com vigilantes nem com alguém que pudesse prestar informações. O acesso ao equipamento, com a retirada dos tapume, está livre e sem impedimentos

Enquanto passa pelo imbróglio sobre continuidade e término de sua construção, o Acquário Ceará, na Praia de Iracema, tem para si mais uma polêmica. Desde a manhã desta segunda-feira, 9, que os tapumes que rodeavam a estrutura estão espalhados pelo chão. Relatos dão conta de que a derrubada dos suportes foi causada por moradores depois de parte da estrutura ceder próximo a uma criança. Esses, por sua vez, alegam que ventos fortes seriam os responsáveis pela queda.

João Carlos é morador do Poço da Draga e diz que todo dia de manhã vai à praia para contemplá-la. Por volta das 10h30min desta segunda, no entanto, percebeu algum incomum: os tapumes que deveriam isolar a construção do Acquário Ceará tinham sido derrubados. Também membro conselheiro da Zona Especial de Interesse Social (Zeis) da região, ele conta que moradores haviam retirado o equipamento por “segurança”.

“O vento derrubou um tapume que quase atingiu uma criança que estava passando. Daí por questão de segurança as pessoas acharam melhor derrubar o restante”, diz. Segundo ele, policiais militares estiveram no local para averiguar o que havia acontecido, mas logo foram embora. O POVO Online entrou em contato com a Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS) para saber se foi realizada alguma ocorrência e aguarda resposta.

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Outro fator que poderia ter levado à retirada dos tapumes seria o de trazer de volta o acesso direto à praia. “Começaram a derrubar os tapumes também pela questão de acessibilidade, para poderem chegar ao mar”, afirma João. Preferindo não se identificar, grupo de pessoas que diz morar próximo ao Acquário negou que tenham sido os moradores os responsáveis pela retirada dos equipamentos. “Na verdade foi o vento que estava muito forte”, alegam.

João Carlos é morador do Poço da Draga e membro conselheiro da Zeis da região
João Carlos é morador do Poço da Draga e membro conselheiro da Zeis da região (Foto: Deísa Garcêz/Especial para O POVO)

À reportagem, a Secretaria da Infraestrutura do Ceará (Seinfra) informou que enviará uma equipe ao local para “verificar a situação e adotar as providências necessárias”.

“Praticamente é uma lixeira”

O abandono da obra do Acquário Ceará também tem causado reclamações sobre a falta de limpeza do local. Luiz Gonzaga Barbosa diz que mora há 25 anos em uma comunidade próxima à estrutura hoje inacabada. Ele reclama do “abandono” do Poder Público sobre a região, classificada por ele como “lixo a céu aberto”.

“Aqui praticamente é uma lixeira. Além de não ter segurança, não temos minimamente um pouco de higiene, afirma. Lamentando a situação do local, ele ainda alerta sobre a situação do prédio do Acquário. “Lá você vai ver como é pior. Tem muita poça de água só acumulando mosquitos. E quem sofre é a gente, pois os mosquitos nascem lá e depois vêm picar a gente aqui”, completa.

Abandono

Em julho, a Secretaria do Turismo do Ceará (Setur) sinalizou pela realização de estudo para avaliar os custos para uma nova obra para o Acquário. Segundo o titular da pasta, Arialdo Pinho, a expectativa era de que o Governo retomasse as obras, paralisadas desde 2015, com apoio da iniciativa privada.

O POVO Online esteve na estrutura do Acquário nesta tarde e verificou o abandono do local, que não contava com vigilantes nem com alguém que pudesse prestar informações. O acesso ao equipamento, com a retirada dos tapume, está livre e sem impedimentos.

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