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Ceará tem 1,28 mil denúncias de crimes sexuais nos primeiros oito meses de 2019

Aproximadamente cinco casos de violência sexual chegam as autoridades cearenses todos os dias

Entre os meses de janeiro a agosto de 2019, o número de vítimas que denunciaram crimes sexuais no Ceará chegou a 1.280, segundo a estatística da Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS). Aproximadamente cinco vítimas de violência sexual apresentaram denúncia por dia no Estado. Neste domingo, uma criança de 10 anos de idade, pulou do 1º andar da residência do pai para não ser estuprada. A menina rastejou até a casa de um vizinho, que a acolheu e chamou a Polícia. O pai responde na Justiça por roubo e violência doméstica.

Reportagem do O POVO mostrou que as meninas de até 14 anos são as principais vítimas de estupro no Ceará, com base nos números de 2017 e 2018. Nos dois anos, foram 2.029 denúncias que tiveram como vítimas crianças e adolescentes do sexo feminino. Os dados são da Assessoria de Análise Estatística e Criminal (AAESC), da Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS). De todas as denúncias de vítimas do sexo feminino somavam 3.048 denúncias, 83% de todos os registros.

Ainda em 2018. dados da SSPDS, divulgados pelo O POVO Online, mostraram que, só naquele ano, 1.447 casos de abuso e exploração sexual foram registrados contra crianças e adolescentes. Esse recorte apontou que mais de três crianças e adolescentes foram vítimas de estupro e exploração sexual por dia no Ceará.

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Ainda há subnotificação em todos esses dados, conforme as organizações de defesa da criança e do adolescente, podendo o número ser maior. Afinal, a maior parte dos casos envolvendo crianças ocorre dentro de casa.

Em 2018, o número de prisões e apreensões por crime de estupro de vulnerável aumentaram e chegaram a 128 em 2018. 

Casos recentes envolvendo crianças e adolescentes

Entre os casos recentes de estupro de crianças e adolescentes está a prisão de um homem de 30 anos, na sexta-feira, 6, por cometer estupro contra a própria filha, uma menina de apenas 13 anos, em Camocim. O estupro aconteceu no domingo, 1º de setembro. O pai estuprou a criança enquanto a filha mais velha visitava a mãe no hospital. E ao perceber a chegada de pessoas na casa, ele fugiu. No entanto, aproximadamente uma semana após o caso a Polícia Civil cumpriu o mandado de prisão.

No dia 29 de agosto deste ano, uma adolescente de 15 anos de idade foi forçada a entrar um carro, levada a um motel, estuprada e roubada. O homem foi preso. Testemunhas filmaram o momento que o homem colocava a menina, a força, dentro do veículo. A menina foi abordada na Barra do Ceará, em Fortaleza,e abandonada em Caucaia, Região Metropolitana de Fortaleza. 

No dia 17 março deste ano, em Caririaçu, no um homem de 42 anos, foi preso suspeito de estuprar a própria filha, de 15 anos. A jovem denunciou o caso e era investigado também pelo mesmo crime contra a outra filha.

Ceará é marcado por tragédias envolvendo violência sexual contra crianças e adolescentes 

Em 2016, o desaparecimento da menina Rakelly Matias Alves, de apenas oito anos de idade, moveu o Ceará. A menina foi encontrada morta quatro dias após o sumiço, dentro da cacimba de um sítio vizinho. O caseiro foi apontado como responsável por estuprar e matar a criança asfixiada, em seguida colocar o corpo na cacimba.

No dia 10 de setembro de 2018 um casal foi preso suspeito do estupro da própria filha. O padastro e a mãe, que sabia do crime, foram presos na comunidade da Rosalina, bairro Parque Dois Irmãos. A criança tinha apenas 10 anos de idade e já era vítima dos estupros há dois anos.

Há nove anos, outro desaparecimento mobilizada o estado do Ceará. Ainda sem a popularização das redes sociais, as fotos eram impressas e divulgadas em cartazes no bairro Conjunto Ceará e logo espalharam-se por toda a Cidade. No dia 7 de janeiro, a menina Alanis Maria desapareceu da parte externa da igreja matriz do Conjunto Ceará. Após madrugada de buscas, uso de aeronaves e contribuição dos moradores com pistas, a história teve um desfecho trágico. O corpo da menina foi encontrado com sinais de violência sexual e tortura. Antônio Carlos Xavier, Casin, foi julgado no dia 25 de fevereiro de 2010 e condenado a 31 anos e oito meses de prisão.

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