Tomate e feijão tornam cesta básica de Fortaleza mais cara

Tomate, feijão e banana fazem cesta básica de Fortaleza ficar mais cara

Preços de sete produtos tiveram elevação em outubro, contra apenas cinco que baixaram, segundo informou o Dieese. Veja a lista completa

A cesta básica em Fortaleza ficou 1,38% mais cara em outubro e chegou a R$ 686,78, após sete dos 12 itens que compõem a lista subirem de preço no mês, segundo informou o Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese).

Tomate (11,02%), feijão (3,52%) e banana (1,75%) foram os principais responsáveis por puxar a alta dos preços no período, fazendo com que os consumidores desembolsassem mais dinheiro no supermercado.

Sequer as quedas nos preços de arroz (-3,80%), café (-2,71%) e farinha (-1,65%) foram capazes de segurar o aumento calculado pelo Dieese e lamentado pelas famílias a cada vez que precisavam fazer a feira.

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Mês a mês, o balanço feito pelo órgão atesta o movimento de alta da cesta básica da capital cearense, que acumula uma elevação de 7,09% nos últimos 12 meses e uma baixa de 8% nos últimos seis. Veja a variação por produto no mês passado:

Variação dos itens da cesta básica de Fortaleza em outubro/2025:

  • Carne (4,5 kg): -0,41%
  • Leite (6 l): +1,36%
  • Feijão (4,5 kg): +3,52%
  • Arroz (3,6 kg): -3,80%
  • Farinha (3 kg): -1,65%
  • Tomate (12 kg): +11,02%
  • Pão (6 kg): +0,98%
  • Café (300 g): -2,71%
  • Banana (7,5 dz): +1,75%
  • Açúcar (3 kg): -0,73%
  • Óleo (900 ml): +1,21%
  • Manteiga (750 g): +0,17%

Quanto tempo se trabalha só para pagar a comida?

O Dieese apontou que o tempo necessário de trabalho para adquirir uma cesta básica de R$ 686,78 é de 99 horas e 32 minutos de uma jornada de trabalho mensal, "tomando como base o salário mínimo vigente no País de R$ 1.518,00 (valor correspondente a uma jornada mensal de trabalho de 220 horas)".

Qual o gasto com alimentação da família de 4 pessoas?

Já o gasto calculado para a alimentação de uma família de quatro pessoas, sendo dois adultos e duas crianças, chega a R$ 2.060,34, em Fortaleza.

"Comparando o custo da cesta com o salário mínimo líquido, ou seja, após o desconto referente à Previdência Social (7,5%), verifica-se que o trabalhador fortalezense remunerado pelo piso nacional comprometeu, em outubro de 2025, 48,91% do seu salário para comprar os alimentos básicos para uma pessoa adulta", acrescenta o estudo.

Fortaleza tem a cesta básica mais cara do Nordeste

O valor dos 12 itens calculados mensalmente pelo Dieese ainda indicaram que Fortaleza possui a cesta básica mais cara do Nordeste, entre as nove capitais pesquisadas na Região.

Em um ranking liderado por São Paulo, Florianópolis e Porto Alegre, a capital cearense é a 13ª mais cara do País. Entre as nordestinas, a próxima na lista é Teresina, na 17ª colocação.

Entre setembro e outubro de 2025, o preço da cesta básica aumentou em 16 das 27 capitais brasileiras, segundo o estudo divulgado na manhã desta segunda-feira, 10.

As elevações mais importantes, indica o Dieese, ocorreram em São Luís (3,11%), Palmas (2,59%), Florianópolis (1,66%), Rio Branco (1,62%), Porto Alegre (1,49%), Goiânia (1,41%) e Fortaleza (1,38%). Veja a lista completa:

Preços da cesta básica nas capitais:

  1. São Paulo (SP): R$ 847,14
  2. Florianópolis (SC): R$ 824,57
  3. Porto Alegre (RS): R$ 823,57
  4. Rio de Janeiro (RJ): R$ 801,37
  5. Cuiabá (MT): R$ 794,77
  6. Campo Grande (MS): R$ 777,28
  7. Curitiba (PR): R$ 761,77
  8. Vitória (ES): R$ 746,22
  9. Goiânia (GO): R$ 720,57
  10. Brasília (DF): R$ 717,65
  11. Belo Horizonte (MG): R$ 716,53
  12. Palmas (TO): R$ 695,45
  13. Fortaleza (CE): R$ 686,78
  14. Macapá (AP): R$ 679,09
  15. Boa Vista (RR): R$ 678,95
  16. Belém (PA): R$ 664,31
  17. Teresina (PI): R$ 646,72
  18. São Luís (MA): R$ 643,31
  19. Manaus (AM): R$ 633,25
  20. Rio Branco (AC): R$ 631,08
  21. Porto Velho (RO): R$ 618,86
  22. Natal (RN): R$ 612,18
  23. João Pessoa (PB): R$ 609,94
  24. Recife (PE): R$ 608,03
  25. Salvador (BA): R$ 606,39
  26. Maceió (AL): R$ 592,25
  27. Aracajú (SE): R$ 550,18

Salário mínimo ideal

A partir dos dados da maior cesta do País, a de São Paulo, o levantamento do Dieese calcula também o salário mínimo ideal para que uma família de dois adultos e duas crianças possam suprir despesas de alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência.

Em outubro, esse cálculo chegou a R$ 7.116,83 "ou 4,69 vezes o mínimo de R$ 1.518,00". "Em setembro, o valor necessário era de R$ 7.075,83 e correspondeu a 4,66 vezes o piso mínimo. Em outubro de 2024, o mínimo necessário deveria ter ficado em R$ 6.769,87 ou 4,79 vezes o valor vigente na época, que era de R$ 1.412,00", comparou.

Veja os números de Fortaleza:

  • Valor da cesta: R$ 686,78.
  • Variação mensal: 1,38%.
  • Variação em 6 meses: -8,00%.
  • Variação em 12 meses: 7,09%.
  • Jornada necessária para comprar a cesta básica: 99 horas e 32 minutos.
  • Produtos com alta em relação ao mês anterior: tomate (11,02%), feijão (3,52%), banana (1,75%), leite (1,36%), óleo (1,21%), pão (0,98%) e manteiga (0,17%).
  • Produtos com redução em relação ao mês anterior: arroz (-3,80%), café (-2,71%), farinha (-1,65%), açúcar (-0,73%) e carne (-0,41%).
  • Percentual do salário mínimo líquido (R$ 1.404,15) para compra dos produtos da cesta básica na capital: 48,91%.
  • R$ 7.116,83 é o salário mínimo necessário para uma família com 4 pessoas, o que
    corresponde a 4,69 vezes o mínimo vigente, de R$ 1.518,00.

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