China sinaliza prioridade no fornecimento de chips ao Brasil

Após articulação de Alckmin, China sinaliza prioridade no fornecimento de chips ao Brasil

Ministro e vice-presidente, Alckmin avalia como "passo importante" sinalização da China para canais de diálogo com montadoras brasileiras sobre chips

O governo chinês anunciou neste sábado, 1º de novembro, que vai abrir canais de diálogo com o setor automotivo brasileiro para garantir o fornecimento de chips essenciais à produção de carros flex no Brasil.

Informação foi dita pelo embaixador da China no Brasil, Zhu Quingqia, ao vice-presidente e ministro Geraldo Alckmin.

Titular do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Alckmin se reuniu na última terça-feira, 28, com a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), a Associação Brasileira da Indústria de Autopeças (Abipeças) e representantes do setor para solicitar apoio a China em meio a prevenção da crise.

A possível falta de chips reflete as disputas geopolíticas entre China e Estados Unidos da América (EUA) na produção de semicondutores.

O vice-presidente considerou o aceno como “um passo importante” para a cadeia automotiva, que emprega 1,3 milhão de pessoas. 

“Trata-se de uma excelente notícia (…) A cadeia automotiva emprega 1,3 milhão de pessoas e tem impacto direto em outros setores, como siderúrgico, químico, plástico e borracha. Ainda temos de ver como isso se dará na prática, mas hoje demos um passo importante para que indústria automotiva brasileira continue crescendo e gerando empregos de qualidade”, comemorou.

Escassez de semicondutores e crise EUA x China

O risco de escassez de chips surgiu após o governo holandês intervir em uma empresa chinesa que atua na Holanda e detém cerca de 40% do mercado mundial de semicondutores usados em veículos flex

Grande parte desses chips, produzidos pela Nexperia, é embalada na China, que, em resposta à intervenção holandesa e à disputa sobre propriedade intelectual, suspendeu as exportações.

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Na última quinta-feira, China e Estados Unidos anunciaram um acordo comercial que abre perspectivas para a normalização da produção e do comércio global de semicondutores.

Segundo o Ministério do Comércio da China, além das montadoras brasileiras, outras empresas afetadas pela escassez de chips poderão entrar em contato com autoridades comerciais do país.

 

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