Ceará quase dobra valor de exportações em setembro na comparação com 2024
Aumento foi de 97,5% no referido período investigado. Resultado na comparação com agosto também foi positivo, com alta de 4,5%, conforme dados do Comex Stat
10:24 | Out. 07, 2025
Mesmo em um contexto de tarifaço imposto pelos Estados Unidos, o Ceará registrou em setembro deste ano quase o dobro do valor de exportações na comparação com setembro do ano passado, ou uma alta de mais precisamente 97,5%.
Os resultados constam do Comex Stat, plataforma do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic).
Em setembro deste ano foram pouco mais de US$ 159 milhões, ante US$ 80,6 milhões em mês equivalente de 2024.
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As exportações também tiveram alta quando a comparação é com o mês de agosto deste ano, de 4,5%. Naquele mês foram exportados US$ 152,1 milhões em mercadorias do Ceará para o Exterior.
Os principais destinos são: os Estados Unidos, com US$ 58 milhões; seguidos pela Polônia, com US$ 19,5 milhões; Holanda, com US$ 11,4 milhões; China, com US$ 7,7 milhões; além da Colômbia com US$ 5,9 milhões vendidos.
Os principais produtos vendidos foram: os semimanufaturados de outras ligas de aço, com US$ 34,7 milhões; outros produtos semimanufaturados de ferro ou aço, com US$ 29,5 milhões; além dos melões frescos, com US$ 13,5 milhões.
No caso das importações, o movimento foi diferente. Na comparação de setembro com agosto de 2025, houve crescimento de 12,6% no volume importado, passando de US$ 209,7 milhões para US$ 236,1 milhões.
Contudo, na comparação entre setembro deste ano com setembro do ano passado, quando foi importado um montante de US$ 320,6 milhões, houve uma queda de 26,3% no volume comprado do Exterior.
Os principais países de origem das compras cearenses são: a China, com US$ 70,8 milhões; os Estados Unidos, com US$ 42,1 milhões; a Austrália, com US$ 17,5 milhões; o Egito, com US$ 15,7 milhões; além da Argentina, com US$ 14,8 milhões.
Os principais produtos importados do Exterior para o Ceará foram: a hulha betuminosa, com US$ 52,7 milhões em mercadoria comprada; os outros trigos e misturas com centeio, com US$ 14,3 milhões; além dos produtos laminados de ferro ou aço, com US$ 11,1 milhões.
Para o economista Ricardo Coimbra, o que é interessante observar é que, mesmo com o tarifaço, o ritmo de crescimento se manteve no Estado e ainda continua tendo participação no mercado americano.
“Ou seja, houve um impacto, mas esse impacto não foi na magnitude que se esperava”.
“Eu acho que é um conjunto de esforços que mostra esse resultado em setembro. Não só em comparação com agosto, mas crescendo de forma significativa em relação a setembro do ano passado. É um cenário positivo, que gera perspectivas mais interessantes, na medida em que existe a possibilidade de uma aproximação e de um acordo com os Estados Unidos”, acrescentou.
“Em função dessa primeira reunião que houve entre o Lula e o Trump (segunda-feira, 6 de outubro), há um indicativo de que esse cenário pode ser trabalhado mais adiante. Isso pode potencializar e fortalecer ainda mais o crescimento das exportações. Ou seja, esses setores impactados, parte deles pode voltar a ocupar espaço nas exportações para o mercado americano”, complementou Coimbra.