Reforma Tributária: A adaptação financeira que as MPEs devem ter
O assunto foi debatido durante o seminário "O papel do Parlamento e a importância do Congresso para o desenvolvimento do País"
A implementação da Reforma Tributária, focada no consumo, vai requerer uma adaptação financeira das micro e pequenas empresas (MPEs) o quanto antes. A avaliação é do vice-presidente do Conselho Regional de Contabilidade do Ceará (CRC-CE), Adalberto Vitor.
Ele foi um dos palestrantes do seminário “O papel do Parlamento e a importância do Congresso para o desenvolvimento do País”, promovido nesta sexta, 19, pela Frente Parlamentar do Empreendedorismo (FPE).
Conforme o especialista, apesar de avanços previstos, os empreendedores precisarão se adaptar para não sofrerem impactos negativos.
“As pequenas empresas terão que lidar com um ambiente de maior controle e detalhamento das operações. Isso exige sistemas, pessoas qualificadas e acompanhamento técnico permanente”, afirmou.
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Outro desafio citado é a confusão patrimonial comum em empresas familiares, nas quais se misturam os recursos do negócio e do sócio. Para Adalberto Vitor, a reforma tende a “forçar” uma separação mais clara entre as finanças pessoais e empresariais, exigindo maior disciplina financeira.
“Ninguém pode pensar apenas no comercial. É preciso investir no back-office, na gestão e na informatização, para as empresas conseguirem não somente sobreviver, mas também crescer nesse novo ambiente tributário.”
Já o deputado federal e presidente da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (Fecomércio), Luiz Gastão (PSD-CE), ressaltou as MPEs como grandes geradoras de empregos.
"Temos que ter cuidado para que a concentração de grandes negócios não mate as pequenas e médias empresas na competição de mercado e, principalmente, dentro de alguns núcleos de atividades econômicas."
Além disso, também foi debatido no seminário a conexão da segurança pública, do fortalecimento institucional e da criação de um ambiente favorável ao crescimento econômico.