BNB projeta injeção de R$ 11 bilhões na economia do Ceará em 2025

BNB projeta injeção de R$ 11 bilhões na economia do Ceará em 2025

Recursos foram negociados com a superintendência estadual do Banco do Nordeste, que deve alcançar a meta do FNE já em novembro

O Banco do Nordeste do Brasil (BNB) projeta injetar na economia cearense R$ 11 bilhões em 2025 a partir de desembolsos para financiamentos, segundo afirmou ao O POVO a superintendente do BNB no Estado, Eliane Brasil. O cálculo considera todas as fontes e modalidades de aplicação de recursos disponíveis na instituição.

Desse valor, segundo ela, a meta para o Ceará, do Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE), um dos meios de financiamento, que deve ser alcançada até novembro, é de R$ 6 bilhões. O montante representa mais de 12,7% do total que será aplicado, pelo FNE, no Nordeste, de R$ 47 bilhões.

As projeções foram informadas durante a abertura do seminário “Mercado de Capitais para o Nordeste – Desafios e Oportunidades”, realizado pelo BNB e pela Associação dos Analistas e Profissionais de Investimento do Mercado de Capitais do Brasil (Apimec Brasil), que ocorreu nesta quarta-feira, 27.

Na ocasião, Eliane disse estar atenta aos setores produtivos que demandam os recursos e destacou o dinamismo do Ceará como um Estado, que atrai diversos investimentos, em plantas de data center, de hidrogênio verde e de energias renováveis, por exemplo.

 

Assim, ela ressaltou a importância do mercado de capitais, comentando sobre a necessidade de se ter mais fontes de financiamentos, “para que se tenham os valores exigidos para a implantação desses grandes negócios no Ceará”.

O recurso aplicado ainda é insuficiente para todo o dinamismo da economia cearense. Existem investimentos chegando no Estado que vão demandar muito mais. Então, trazer esse mercado de capitais é essencial. Por isso, o banco tomou a iniciativa desse seminário”, afirmou a superintendente.

Sobre esse cenário, o presidente da Apimec, Ricardo Tadeu Martins, disse, inclusive, que ele pode ser mais flexível e simples para as empresas frente ao crédito dos bancos tradicionais.

Visão também compartilhada por Eliane, que relatou que em empréstimos de instituições financeiras, normalmente, há diversos processos, como a avaliação do empreendimento, a análise de viabilidade econômico-financeira, além da necessidade, muitas vezes, de garantia.

“Quando você trabalha com mercado de capitais, entretanto, você muda completamente essa visão. Então, a visão é mais do negócio, é mais como “um sócio”, alguém que venha investir com você. Diferente de uma relação cliente-banco, que é de retorno do capital imediato”.

Dessa forma, ela entende que há uma menor exigência quando se fala de documentações e mais no sentido de governança e de equilíbrio financeiro, pela necessidade do investidor de “ter segurança de aplicar no seu negócio”.

Uma das metas do seminário foi incentivar o acesso das pequenas empresas ao mercado de capitais

Outro ponto discutido no seminário foram formas de ampliar o acesso das pequenas e micro empresas ao mercado de capitais. Durante o evento, foram apresentados produtos e instrumentos desse sistema financeiro disponíveis para empresas, além de caminhos práticos para acesso a essas ferramentas.

O maior foco em mostrar como funciona essa forma de financiamento se deu, pois, de acordo com o presidente da Apimec, “conhecimento e educação é tudo nesse cenário”.

“O conhecimento é essencial, ainda mais quando se relaciona com dinheiro, pois a rentabilidade da empresa, o risco de retorno, fala muito alto. Assim, quanto mais a pessoa sabe sobre o mercado e seu negócio, melhor as chances de viabilizar a operação”.

Em relação às pequenas empresas, o Superintendente Geral da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), autarquia federal responsável por regular, disciplinar e desenvolver o mercado de capitais, reforça o processo de democratização dessa ferramenta.

“O mercado de capitais tem um investimento em ações com um investimento clássico e ainda importante, mas ele é muitíssimo mais rico do que isso. Ele tem, por exemplo, hoje mercado de dívida, uma série de títulos que podem ser utilizados como alternativa para financiamento de empreendedores e empreendedoras”, detalhou.

E complementou que há uma resolução da CVM que assegura “que qualquer pessoa interessada em mercado de capitais possa ingressar, permanecer ou sair apenas com as exigências proporcionalmente necessárias, seja em relação à documentação, a todo um investimento”.

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