Ritmo de crescimento indica PIB em torno de 3,5% em 2024, avalia especialista
No terceiro trimestre o aumento foi de 0,9% enquanto, em relação ao igual período de 2023, a alta foi de 4%
A previsão de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil para 2024 é em torno de 3,5%, segundo a estimativa do coordenador de contas regionais do Instituto de Pesquisa e Estratégia Econômica do Ceará (Ipece), Nicolino Trompieri Neto.
Isso porque, na sua avaliação, o resultado do terceiro trimestre divulgado na última terça, 3, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), indicou um ritmo de crescimento mais acentuado em comparação com os últimos trimestres (0,9%). Até setembro de 2024, o índice subiu 3,3% ante 2023.
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Já em relação ao igual período do ano anterior, a alta foi de 4%, sendo, nessa mesma base de comparação, a maior taxa registrada desde o primeiro trimestre de 2023, quando o PIB brasileiro registrou um crescimento de 4,4%.
"O PIB do Brasil acumulado do ano até setembro de 2024, atingiu um crescimento de 3,3% em relação ao mesmo período de 2023. Esse desempenho tenderá para uma previsão de crescimento do PIB do Brasil, para o ano de 2024, emtornode3,5%", analisou Trompieri.
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De acordo com o coordenador de contas regionais do Ipece, o setor de serviços foi um dos destaques positivos, com crescimento de 4,1% no terceiro trimestre ante 2023.
"Puxado pelo bom desempenho do comércio (3,9%), beneficiado nos últimos trimestres pela trajetória de queda da taxa de desemprego aquecendo o mercado de trabalho e aumentando a massa salarial, refletindo o aumento de 5,5% do componente de demanda “consumo das famílias".
Outro destaque apontado por Nicolino Trompieri Neto foi o desempenho da indústria, com alta de 3,6% na mesma base de comparação, puxado pela construção civil (5,7%) e pelas indústrias de transformação (4,2%).
"O aumento de 10,8% do componente de demanda “Formação Bruta de Capital Fixo”, sendo o maior aumento dessa estatística verificado desde o terceiro trimestre de 2021, retrata o bom desempenho da construção civil, por meio dos investimentos públicos em obras de infraestrutura", explica.
Além disso, a alta da importação e da produção nacional de bens de capital, alimentada pelo bom desempenho das indústrias de transformação, puxou o resultado.