Polishop em recuperação judicial: o que acontece agora?

Ao todo, a Polishop já fechou mais de 100 lojas em shoppings e é alvo de mais de 50 ações de despejo, sendo que a dívida total é estimada em mais de R$ 350 milhões

A Polishop entrou com pedido de recuperação judicial na 2ª Vara de Falências e Recuperações Judiciais do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP). O processo, de tramitação prioritária, está a cargo do juiz Paulo Furtado de Oliveira Filho, que ainda analisa o pedido. 

Caso o processo seja aprovado, a empresa terá suas dívidas congeladas por 180 dias e vai preparar um plano de reestruturação. 

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Em abril deste ano, o presidente e fundador da Polishop, João Appolinário, afirmou ao Estadão/Broadcast que a companhia buscava uma reestruturação extrajudicial junto a seus credores.

Em um pedido à Justiça feito à época, ele disse que o endividamento bancário da empresa havia diminuído de R$ 270 milhões em janeiro de 2022 para R$ 84 milhões em 2024.

Ao todo, a Polishop já fechou mais de 100 lojas em shoppings e é alvo de mais de 50 ações de despejo, sendo que a dívida total é estimada em mais de R$ 350 milhões.  

Dados de julho de 2023 indicam que a rede reduziu de 280 unidades para 122, e o quadro de funcionários caiu pela metade: de 3.000 para 1.500. Do ano passado para cá, outras 42 lojas já foram fechadas.

Segundo a movimentação do processo no site do TJ-SP, na última segunda-feira, 13, foi feita uma petição para que o perito se manifestasse no processo.

Ou seja, esse especialista irá verificar todos os documentos do processo, tais como informações sobre dívidas, credores e outros, e fazer um relatório ao juiz, para que este possa dar a sua sentença.

A Polishop recorreu à Justiça inicialmente em abril deste ano pleiteando uma tutela antecipada -uma espécie de decisão temporária até que o mérito da ação seja julgado- para suspender as execuções de dívidas da empresa.

À época, Appolinário informou que os fatores que levaram a empresa às dívidas envolvem os efeitos da pandemia, o aumento do Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M) e a crise do crédito motivada pelo caso Americanas.

Assim, o juiz determinou a suspensão de execuções que estavam em trâmite contra a Polimport Comério e Exportação Ltda. (a razão social da Polishop), bem como ações de despejo.

A decisão também impediu que plataformas de marketing e tecnologia (Google, Meta, entre outros), suspendessem os serviços por créditos anteriores à data do pedido, e que o serviço deveria ser restabelecido em até 24 horas.

Logo após, várias empresas tiveram seus pedidos de habilitação de crédito (prova de que a empresa em recuperação judicial deve) juntados ao processo para "entrar na fila de pagamentos".

Confira os credores da Polishop, segundo o site do TJ-SP

  • TV Ômega Ltda
  • BTN Informação do Trânsito e Serviços Aéreos Especializados Ltda
  • OC Group Tecnologia da Informação Ltda
  • Smarters Servicos de Internet Ltda
  • Google
  • Banco Safra
  • Ingram Micro Brasil Ltda
  • Itaú
  • Banco Votorantim
  • Gentrop Cloud Brasil Ltda Epp
  • Mocrosoft Informática Ltda.
  • XP Industrial Fundo de Investimento Imobiliário
  • AD Shopping - Agência de Desenvolvimento de Shoppping Centers Ltda.

Com Agência Estado

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