Quem é Magda Chambriard, indicada a presidente da Petrobras
Magda atuou como diretora-geral da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) durante o governo de Dilma Roussef
Após a demissão do ex-senador Jean Paul Prates da Presidência da Petrobras na noite de terça-feira, 14, a nova indicada ao cargo é a engenheira Magda Chambriard, que atuou como diretora-geral da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) durante o governo de Dilma Rousseff.
A indicação será submetida aos procedimentos internos de governança corporativa da estatal, com análises de conformidade e integridade atreladas ao processo sucessório.
Seja assinante O POVO+
Tenha acesso a todos os conteúdos exclusivos, colunistas, acessos ilimitados e descontos em lojas, farmácias e muito mais.
AssineHaverá, ainda, apreciação da indicação pelo Comitê de Pessoas e pelo Conselho de Administração da companhia, com base nos artigos 150 da Lei Nº 6.404/76 e 20 e 25 do Estatuto Social, conforme comunicado pela Petrobras.
Leia mais
-
Analistas preveem impacto na Bolsa após saída de Prates da Petrobras
-
Houve avanço com Prates na Petrobras, mas avisamos sobre problemas, diz coordenador da FUP
-
Lula demite Jean Paul Prates do comando da Petrobras e indica Magda Chambriard para o cargo
-
Governo indica Magda Chambriard para presidência da Petrobras
A consultora na área de óleo, gás e biocombustíveis é engenheira civil (1979) e mestre em engenharia química (1989) pelo Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
Magda se especializou, na Universidade Petrobras, em engenharia de reservatórios e avaliação de formações, bem como em produção de petróleo e gás. Ela iniciou carreira na Petrobras em 1980, onde atuou, especialmente, na área de produção.
A engenheira foi cedida para a ANP em 2022, assumindo a assessoria da diretoria de exploração e produção. Na época, ela atuava como consultora de novos negócios já nesta área na Petrobras.
Magda foi alvo de críticas durante o governo Dilma por ter recebido salários pagos pela Petrobras durante os seis primeiros anos na ANP, conforme publicado pelo O Globo em 2012. Apesar disso, a prática é legal, de acordo com o artigo 93 da Lei Nº 8.112/90.
Na ANP, a gestora ficou à frente da superintendência de exploração e da definição de blocos, relacionados a rodadas de licitação.
Ela implementou, ainda, o Plano Plurianual de Geologia e Geofísica da entidade, coletando informações para as licitações em bacias sedimentares de novas fronteiras.
Já em 2008 Magda assumiu a diretoria da ANP e, em 2012, a diretoria geral. Liderou, também, a criação da Superintendência de Segurança e Meio Ambiente, a Superintendência de Tecnologia da Informação e trabalhos de estudos para contratos e editais.
Dentre esses estudos técnicos, houve a culminação da primeira licitação do pré-sal, bem como de licitações tradicionais para concessões.
A especialista ficou responsável, também, pelas áreas de auditoria, corregedoria, procuradoria, promoção de licitações, abastecimento, fiscalização da distribuição e revenda de combustíveis, recursos humanos, administrativa-financeira, relações governamentais e outras relativas à exploração e produção.
Além disso, realizou cursos de desenvolvimento de gestão em engenharia de produção, negociação de contratos de exploração e produção, qualificação em negociação na indústria do petróleo, gerenciamento de riscos, contabilidade, gestão, liderança e desenvolvimento para conselho de administração.