Hapvida lucra R$ 83 milhões no 1º trimestre e deixa analistas otimistas

Analistas de investimentos mantêm cautela apesar de otimismo com resultados positivos

A operadora de saúde Hapvida registrou um lucro líquido de R$ 83,3 milhões no primeiro trimestre deste ano, superando as expectativas de analistas do mercado financeiro, que veem com otimismo os sinais de recuperação operacional da companhia, mas mantêm cautela.

Os analistas Guilherme Vianna, Luis Assis e Luis Degaspari, da Genial Investimentos, citam que a empresa reportou resultados positivos devido às estratégias de reajuste agressivo no ticket médio — valor mensal dos planos —, que cresceu 10,6% na base anual, e ao controle de custos.

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"Observamos a geração de caixa livre e diminuição do endividamento da companhia como os principais pontos a serem destacados nesse trimestre", pontuaram. A sinistralidade também foi mencionada como positiva, registrando 68%.

A receita líquida da operadora cearense foi de R$ 6,9 bilhões nos primeiros três meses do ano, uma alta de 3,9% em relação ao mesmo período do ano anterior. De acordo com a Genial, a receita cresceu apesar da redução de beneficiários.

Já o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, em inglês), um dos principais indicadores operacionais do mercado financeiro, ficou em R$ 845 milhões, isto é, 74% a mais que o registrado em igual período de 2023.

A visão dos analistas Rafael Barros e Raphael Elage, da XP, também é positiva para a margem Ebitda, com aumento de 5,2 pontos percentuais no ano a ano. "Esperamos que a empresa continue entregando expansão de margem no curto prazo."

No entanto, as despesas administrativas vieram acima das expectativas do analista Pedro Serra, da Ativa Research, ficando em R$ 1,1 bilhão no primeiro trimestre. Algo que não interferiu na avaliação do especialista de bons resultados do período.

O número de beneficiários dos planos de saúde e odontológico da Hapvida apresentou, além disso, um recuo de 1,9% na base anual, para 15,8 milhões de pessoas. Mas a análise da Ativa Research pondera sobre o tema.

"O comportamento da base de beneficiários também começa a demonstrar uma reversão na queda dos últimos trimestres, onde as vendas orgânicas já se encontram em linha com os cancelamentos de contratos", acrescentou.

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