Ceará é reconhecido estado livre da febre aftosa sem vacinação; entenda

Com o reconhecimento, Estado ganha competitividade para a comercialização de seus rebanhos

O Ceará foi reconhecido nesta quinta-feira, 2 de maio, como livre da febre aftosa sem vacinação, após 21 anos de campanhas para imunizar o rebanho.

A publicação foi realizada no Diário Oficial da União (DOU), em portaria que traz mais 21 estados brasileiros nesta condição. 

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Em comemoração, o governador do Ceará, Elmano de Freitas (PT), disse que o reconhecimento é uma grande conquista para os produtores cearenses.

"É resultado de um grande trabalho em conjunto com os municípios, secretarias e entidades. A participação de todos contribuiu para uma mudança histórica em nossa pecuária."

Com isso, a última campanha de vacinação contra febre aftosa no Ceará foi realizada até a última terça-feira, 30 de abril. Já o prazo para declarar a quantidade imunizada segue até o próximo dia 15 de maio.

"Será a última vez que vacinaremos o nosso rebanho contra a febre aftosa. Agradeço a todos os servidores da Adagri (Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Ceará) e demais órgãos do Governo do Estado pelo empenho nessa luta", complementou o governador.

Hoje o rebanho no Ceará é de 2.783.130 cabeças e Elmo Aguiar, presidente da Adagri, informou que foram mais de 3 milhões de vacinas adquiridas.

Sobre o preço da vacina, ele disse que houve uma facilidade, pois caiu de valor, indo de R$ 1,50 para hoje R$ 0,80 a R$ 0,70. 

Quanto às regiões de destaque nesta questão da vacinação, o presidente da Adagri cita o município de Itaitinga, que foi o primeiro a atingir 100%.

Dentre os impactos futuros, Aguiar listou que, primeiro, não haverá mais gasto com vacinas.

Segundo é a valorização do rebanho. Assim, ele pode ser comercializado em qualquer estado do País e até internacionalmente.

Mas uma das superações a cumprir no Ceará se refere à criação de barreiras nas entradas e saídas do Estado.

"Então, precisamos ter todas as divisas com barreiras 24 horas e isso já está sendo contratado", detalhou. O investimento previsto nestes equipamentos é de R$ 20 milhões em 11 unidades.

Dentre outros obstáculos a vencer, Aguiar frisou que há necessidade de crescer "muito mais" na agropecuária.

Outro ponto é que o Ministério da Agricultura exigiu alguns compromissos por parte do Governo do Ceará para melhorar a qualidade de atendimento da Adagri, que é um órgão fiscalizador, mas que cuida da sanidade animal.

"Esse é um grande trabalho que estamos tentando também conduzir, porque o órgão é para fiscalizar quem cuida dos alimentos, do transporte dos alimentos, da qualidade dos alimentos."

Também cita que é preciso melhorar as estruturas de transporte. "Nossas estruturas físicas também estão muito ruins no Interior".

Todo esse aspecto está em processo de atualização ainda mais porque o Governo do Estado já anunciou concurso para a Adagri para o preenchimento de 120 vagas. 

Veja: Agronegócio é um dos principais motores da economia brasileira

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