Grupo Edson Queiroz troca gestão do conselho de administração e mira ampliação dos negócios

Mudança no conselho já era esperada após o conselheiro Igor Queiroz cumprir seu mandato; agora, assume Edson Queiroz Neto

Um dos maiores conglomerados empresariais do País, o Grupo Edson Queiroz (GEQ) anunciou a troca na presidência do seu conselho de administração, com a saída do conselheiro e acionista Igor Queiroz, em uma mudança já planejada devido à conclusão do seu mandato em 2024. Agora, o conselheiro e acionista Edson Queiroz Neto assume a gestão do colegiado em meio ao movimento da companhia de mirar a ampliação dos negócios.

O trabalho do conselho visa garantir o bom funcionamento nas tomadas de decisão em diferentes áreas de atuação. “Nós somos iguais lá, todos nós somos conselheiros e eu tenho uma função a mais que é de presidir”, disse Edson em apresentação do GEQ, nesta sexta-feira, 26, ao Grupo de Líderes Empresariais do Ceará (Lide Ceará). O intuito do evento era compartilhar experiências do grupo para auxiliar outros empreendimentos.

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De acordo com o presidente-executivo do GEQ, Carlos Rotella, o conglomerado pretende ampliar o seu envolvimento no setor de energia por meio da empresa Nacional Gás, a qual já atua com o gás liquefeito de petróleo (GLP). “Se nós pudermos ampliar as fontes de energia disponíveis para ter um maior portfólio de comercialização, pode ser interessante, mas isso vai depender muito das oportunidades que aparecerem no mercado.”

A ideia é que o braço empresarial da Nacional Gás se torne uma plataforma de energia no futuro, onde os clientes poderão comprar gás e, também, escolher outras fontes de energia. Questionado se a influência sobre o preço do GLP pela Petrobras poderia causar preocupações à frente, tendo em vista as crises e eventual influência política na estatal, Carlos Rotella vê o cenário com naturalidade.

“A gente já está há muitos anos convivendo com a Petrobras, e todas as movimentações me parece algo absolutamente normal. Não vejo como alguma coisa diferente que possa impactar em políticas futuras. Eu acho que é uma adequação natural de mercado, sempre vai ocorrer uma mudança ou outra quando você tem uma modificação de governo, sempre pode acontecer. Então nós nos colocamos sempre à margem disso”, acrescentou.

Tal confiança no cenário do GLP fez o GEQ ampliar atuação na área, ao investir R$ 1,2 bilhão em um terminal greenfield, com capacidade de 120 mil m³ para armazenamento refrigerado do gás no Porto de Suape, em Pernambuco.

O grupo montou uma associação comercial – denominada OT Gás Nordeste – com a Oiltanking Logística Brasil e a Copa Energia para viabilizar o negócio de infraestrutura e energia.

O executivo não descartou, também, a possibilidade de negócios voltados ao hidrogênio verde (H2V), mas deixou claro que não há, ainda, nenhum plano específico para entrada no segmento. “Se tiver alguma oportunidade que possa fazer sentido, a gente não tem nenhuma restrição, mas tem que conversar um pouquinho com o nosso plano estratégico.”

A gestão do GEQ tem olhado para setores adjacentes aos negócios atuais nos ramos de energia, comunicação, bebidas e alimentos, bem como na linha branca ou eletrodomésticos. O presidente da companhia afirmou, também, estar aberto a oportunidades de fusões e aquisições (M&A, em inglês). No entanto, não prospectou uma abertura de capital para a bolsa de valores por enquanto.

No evento, a presidente do Lide Ceará, Emília Buarque, destacou que as empresas – especialmente do Nordeste – devem propagar compromissos que incluam as práticas ambientais, sociais e de governança (ESG, em inglês), assim como é feito pelo GEQ. “Compromisso social também é investir para atenuar as desigualdades regionais, e manter a gestão no Ceará, passa substancialmente pelo legado desta empresa.”

Resultados do GEQ

Em 2023, o Grupo Edson Queiroz registrou R$ 1,2 bilhão no lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês), com alta de 25% em relação ao ano anterior. Já a receita bruta do conglomerado ficou em R$ 12,2 bilhões no período, com todas as empresas tendo geração positiva de caixa.

Além disso, o ano de 2023 foi desafiador para o segmento de linha branca – eletrodomésticos – e varejo, especialmente o primeiro semestre, ainda assim, a empresa Esmaltec manteve resultado estável. A Nacional Gás também esteve na estabilidade no ano passado, mesmo com a redução do preço do GLP nas refinarias.

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