Grande Fortaleza apresenta maior retração do Brasil na prévia da inflação

A queda foi de 0,02% e o percentual é maior do que a média observada nacionalmente (+0,21%); resultado é influenciado pela baixa de 1,59% no grupo de transportes

A Região Metropolitana de Fortaleza (RMF) apresentou uma queda de 0,02% no Índice de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), considerado uma prévia da inflação. Assim, a taxa foi a maior retração do Brasil. 

Além disso, é maior do que a média observada nacionalmente (+0,21%). Os dados foram divulgados nesta sexta-feira, 26, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

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Em relação aos últimos 12 meses, a RMF obteve o terceiro maior aumento do País, com 4,31%. No acumulado do ano, a alta é de 1,92%. 

Dos nove grupos pesquisados, seis apresentaram elevação: saúde e cuidados pessoais (0,89%), alimentação de bebidas (0,65%), artigos de residência (0,41%), vestuário (0,32%), despesas pessoais (0,13%) e educação (0,02%).

Por outro lado, transportes (-1,59%), comunicação (-0,2%) e habitação (-0,12%) registraram queda.

Confira os itens que ficaram mais baratos em abril

  • Passagem aérea: -17,1%
  • Batata-inglesa: -11,39%
  • Gasolina: -4,8%
  • Acém: -4,63%
  • Patinho: -4,32%

Confira os itens que ficaram mais caros em abril

  • Tomate: 52,83%
  • Cebola: 17,4%
  • Maracujá: 16,81%
  • Tubérculos, raízes e legumes: 14,49%
  • Cinema, teatro e concertos: 6,67%

Cenário nacional 

No Brasil, a prévia da inflação ficou em 0,21% em abril. O resultado foi influenciado pelo grupo de Alimentação e Bebidas, com alta de 0,61%. Já o grupo Transportes foi o único a apresentar queda (-0,49%).

Nos últimos 12 meses, a variação do IPCA-15 foi de 3,77%, abaixo dos 4,14% observados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em abril de 2023, o índice ficou em 0,57%.

Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, o maior impacto veio de Alimentação e bebidas (0,61%), seguido de Saúde e cuidados pessoais (0,78%). As demais variações ficaram entre o 0,03% de Artigos de residência e o 0,41% de Vestuário.

No grupo Alimentação e bebidas (0,61%), a alimentação no domicílio subiu 0,74% em abril. Contribuíram para esse resultado as altas do tomate (17,87%), do alho (11,60%) e da cebola (11,31%). No lado das quedas, destacam-se a batata-inglesa (-8,72%) e as carnes (-1,43%).

A alimentação fora do domicílio (0,25%) desacelerou em relação ao mês de março (0,59%), em virtude da alta menos intensa da refeição (0,76% em março para 0,07% em abril). O lanche (0,47%) teve variação superior à registrada no mês anterior (0,19%).

Em Saúde e cuidados pessoais (0,78%), a maior contribuição veio dos produtos farmacêuticos (1,36%), após a autorização do reajuste de até 4,50% nos preços dos medicamentos, a partir de 31 de março.

Além disso, o item plano de saúde (0,77%) segue incorporando as frações mensais dos reajustes dos planos novos e antigos para o ciclo de 2023 a 2024.

Quanto ao grupo Habitação (0,07%), a alta da taxa de água e esgoto (0,05%) foi influenciada pelo reajuste de 1,95% em Goiânia (0,90%), a partir de 1º de abril.

Em energia elétrica residencial (-0,07%), houve reajustes de 3,84%, a partir de 15 de março, e de 2,76%, a partir de 19 de março, aplicados nas duas concessionárias pesquisadas no Rio de Janeiro (2,34%).

Em relação ao grupo Transportes (-0,49%), houve queda na passagem aérea (-12,20%). Nos combustíveis (-0,03%), somente o etanol (0,87%) teve alta, enquanto o gás veicular (-0,97%), o óleo diesel (-0,43%) e a gasolina (-0,11%) registraram queda nos preços.

Ainda em Transportes, a variação do ônibus urbano (-0,05%) foi influenciada pela unificação de tarifas em Recife (-0,73%), a partir de 3 de março. Em ônibus intermunicipal (0,44%), reajustes foram aplicados no Rio de Janeiro (2,83%), a partir de 24 de fevereiro.

Quanto aos índices regionais, nove áreas tiveram alta em abril. A maior variação foi registrada em Recife (0,57%), por conta das altas do tomate (27,79%) e da gasolina (5,13%).

Já o menor resultado ocorreu em Fortaleza (-0,02%), que apresentou queda nos preços da passagem aérea (-17,10%) e da gasolina (-4,80%).

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