Indústria do Ceará cresceu 14,3% em fevereiro ante 2023, aponta IBGE

Estado registrou queda de 5,8% entre janeiro e novembro, e de 6% em 12 meses

A produção industrial no Ceará registrou um avanço de 14,3% em fevereiro quando comparada ao igual mês do ano anterior. Com isso, o Estado ocupa a quarta melhor posição do Brasil, atrás apenas de Rio Grande do Norte (67,3%), Rio Grande do Sul (18,3%) e Amazonas (17,2%).

Os dados são da Pesquisa Industrial Mensal (PIM), divulgada nesta terça-feira, 9, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

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Na passagem de janeiro para fevereiro, a alta foi de 5,2%. O resultado é acima do registrado nacionalmente, com uma queda de 0,3%. Já no acumulado do ano, o crescimento do Ceará é de 8,8%.

Contudo, levando em consideração os últimos 12 meses, o resultado para o Estado foi negativo, visto que caiu 3,1%. 

Entre as atividades industriais que contribuíram para que o índice do Ceará ficasse em queda nesse período estão produtos químicos (-2,59%), vestuário (-1,4%), produtos de metal (-0,51%), além de outros com impactos menores.

Por outro lado, os principais segmentos analisados pela PIM que apresentaram crescimento foram: têxtil (0,79%), bebidas (0,56%), produtos de couro e calçados (0,53%) e alimentos (0,16%).

Produção industrial recua em cinco dos 15 locais pesquisados em fevereiro

Cinco dos 15 locais investigados PIM Regional recuaram na passagem de janeiro para fevereiro, quando a produção nacional do país caiu 0,3%. As maiores quedas foram registradas no Mato Grosso (-3,3%), Goiás (-2,4%) e Pará (-2,2%).

Na comparação com fevereiro do ano passado, houve avanço em 16 dos 18 locais analisados, sendo as maiores variações registradas no Rio Grande do Norte (67,3%), Rio Grande do Sul (18,3%), Amazonas (17,2%) e Ceará (14,3%).

No acumulado do ano, a indústria expandiu 4,3%, com resultados positivos em todos os dezoito locais pesquisados. No acumulado em 12 meses, a indústria variou 1,0%, com taxas positivas em doze locais. 

“Observamos dentro da conjuntura que mesmo com a política monetária mais expansionista, com cortes seguidos na taxa de juros, ela ainda está em patamares elevados. Isso recai diretamente na cadeia produtiva quando analisamos o nível de investimento ainda aquém do que seria implementado dentro da indústria”, explica Bernardo Almeida, analista da PIM Regional.

Além disso, o analista comentou sobre São Paulo, que possui maior impacto negativo na pesquisa. De acordo com ele, o Estado foi o responsável pela maior influência negativa no resultado nacional. 

"O setor de derivados do petróleo foi o que mais influenciou negativamente no comportamento da indústria paulista, seguido pelo setor de alimentos e de produtos químicos", completou Almeida.

Por outro lado, Rio Grande do Sul (9,4%), Amazonas (7,3%) e Espírito Santo (5,9%) mostraram as expansões mais acentuadas nesse mês, com o primeiro eliminando a queda de 5,7% verificada em janeiro de 2024.

Ceará (5,2%), Pernambuco (5,2%), Rio de Janeiro (2,0%), Bahia (1,8%), Região Nordeste (1,6%), Minas Gerais (0,9%) e Paraná (0,6%) assinalaram os demais resultados positivos em fevereiro de 2024.

O analista também observou um ganho de ritmo na produção industrial com relação aos resultados anteriores à pandemia.

"Em fevereiro de 2024, encontramos nove locais acima do patamar pré-pandemia: Amazonas, Mato Grosso, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Goiás, Rio Grande do Sul, Paraná, Santa Catarina e São Paulo", ressaltou Almeida.

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